O erro no exame de DNA no caso que apura a morte da jovem Eiko Uemura levará a coordenadora do laboratório forense de Mato Grosso, Alessandra Alves, e a perita responsável pelo caso e gerente de biologia molecular, Ana Cristina Romio, até a Universidade Federal de Alagoas para averiguar as condições das amostras genéticas enviadas à instituição. Um novo resultado é aguardado em no mínimo 20 dias.

A intenção é tentar descobrir o que ocasionou o erro e trazer novamente as amostras para Mato Grosso. Dependendo do tipo de análise que será  feito, os exames poderão ser realizados no laboratório da Politec, inaugurado em dezembro do ano passado, porém caso seja necessária a técnica mitocondrial, as amostras serão encaminhadas para outros laboratórios ligados à Rede Nacional de Genética.

No entanto, mesmo que as amostras sejam encaminhadas para outras instituições, a perita Ana Cristina irá acompanhar os novos exames. Apesar de o prazo ser de 20 dias para um novo resultado, a gerente alerta que pode ser necessária a contraprova e com isso atrasar o resultado.

Ana Cristina também descarta uma nova exumação. Isso porque, segundo ela, a Politec possui amostras genéticas de Eiko suficientes para novas análises. Para surpresa dos peritos, os dentes analisados pelos peritos em Alagoas tinham perfil masculino, portanto as amostras foram contaminadas.

A perita explica que existem várias formas de contaminar as provas, além disso, também pode ocorrer uma troca das amostras ou até um erro de digitação. Os fios de cabelo encontrados no porta-malas do veículo do advogado Sebastião Carlos Araújo Prado também foram analisados, porém constatou-se que pertencem a um homem. No entanto, outros fios ainda precisam ser examinados.