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Domingo, 05 de maio de 2024

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Entre os poucos

MT se consolida na medicina de ponta com transplante de medula

Apenas oito estados brasileiros possuem unidades capacitadas e credenciadas pelo Ministério da Saúde (MS) para realizar transplantes de medula óssea e, entre eles, está Mato Grosso. Já tendo realizado o procedimento no último mês de novembro, caracterizado por ser de altíssima complexidade – e prestes a realizar mais dois – o Estado se consolida como detentor de medicina de ponta no país.


A instituição que possui local adequado e credenciado pelo MS é o Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá. A única equipe habilitada para o procedimento é composta pelo médico Aray Carlos da Fonseca Filho e mais cinco profissionais.

“É um benefício muito grande ao Estado ser capacitado para realizar um procedimento de medicina de ponta. Vai salvar muitas vidas aqui. É um grande salto de qualidade na medicina de Mato Grosso”, ressalta Aray.

O médico completa que estados próximos como Rondônia, Acre e Mato Grosso do Sul, por exemplo, não são capacitados para realizar o procedimento. “Nosso Estado vai virar referência e vai poder ajudar os vizinhos”, comenta.

No entanto, o benefício maior é à população mato-grossense, que conta com o tratamento específico na capital, atendido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por outros convênios. “O paciente pode se tratar no local onde vive, com apoio da família, o que conta muito na recuperação, além de não precisar custear viagem para outro local”, diz Aray.

A trajetória

O Dr. Aray foi o primeiro médico a realizar um transplante de medula óssea em todo o Centro-Oeste, no ano de 2000, no então Hospital Santa Cruz, em Cuiabá. Com o fechamento do hospital tempos depois, não havia nenhuma outra unidade de saúde no Estado com infraestrutura adequada para o procedimento, o que requer investimentos muito altos, de pelo menos R$ 3 milhões, segundo o profissional.

Há pouco mais de dois anos foi projetado implantar tal estrutura no HGU. A ideia saiu do papel e, utilizando-se um centro cirúrgico desativado do hospital, foi construída a estrutura adequada para realizar o transplante, um lugar que requer estrutura especial e que foi aprovado pelo Ministério da Saúde.

Aray frisa que o apoio e a parceria do governo do Estado contribuiu muito para a viabilização do projeto e atendimento à população carente via SUS. O primeiro transplante na unidade foi realizado em novembro de 2009 e o paciente passa bem. Mais dois transplantes serão realizados nas próximas semanas.
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