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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Aliado de Arruda é cotado para assumir comando da CPI da Corrupção no DF

Os aliados do governador José Roberto Arruda (sem partido) na Câmara Legislativa do Distrito Federal deflagraram nesta terça-feira uma nova operação para garantir o controle das investigações do suposto esquema de pagamento de propina na Casa. O PMDB reivindicou a vaga do deputado Alírio Neto (PPS) na CPI da Corrupção.


Ameaçado de perder a legenda para as eleições de outubro, o deputado deixou hoje o bloco que formava com os peemedebistas depois que a Executiva nacional do PPS abriu processo disciplinar contra ele por agir contra orientação de se desligar da base do governador. Como a cadeira na comissão pertence ao bloco, o PMDB reivindicou a vaga.

Para a vaga de Alírio, que presidia a CPI, o nome mais cotado é do deputado Geraldo Naves (DEM), suplente de Paulo Roriz, secretário de Habitação de Arruda. Naves foi indicado porque os três peemedebistas estão entre os suspeitos de participação no esquema. Uma nova eleição para a presidência da CPI deve ocorrer na quinta-feira.

O nome governista, no entanto, ainda depende da arrumação que os governistas estão preparando para a sucessão na presidência da Casa, ocupada interinamente pelo petista Cabo Patrício, e que ocorrer nesta quarta-feira. Segundo os governistas, o controle da CPI também entra na negociação.

A CPI da Corrupção é controlada por governistas. O relator, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), e a deputada Eliana Pedrosa (DEM), são ex-secretários de Arruda. O deputado Batista das Cooperativas (PRP), também é aliado do governador. O único representante da oposição da CPI é o deputado Paulo Tadeu (PT).

As investigações começaram no dia 11 de janeiro e quase foram encerradas na semana passada. Os governistas lançaram mão de uma decisão da Justiça que afastou oito distritais suspeitos de participação do esquema dos processos de impeachment e anunciaram o fim da CPI. Argumentaram que os parlamentares em suspeição assinaram o requerimento de auto-convocação da Câmara, na qual foi criada a CPI.

O juiz Vinícius Santos Silva, da 7ª Vara Fazenda Pública, negou que a sua decisão tivesse influência na CPI e que trata apenas dos pedidos de impeachment do governador. O magistrado afirmou ainda que os aliados aproveitaram a decisão para fazer "manobras indevidas".

Depoimento

A manobra para decretar o fim da CPI foi encarada como uma estratégia para inviabilizar o depoimento de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção, que estava marcado para hoje. A participação de Durval, no entanto, foi cancelada a pedido dele.

Em uma carta encaminhada ao "blog da Paola", site de uma jornalista de Brasília, Durval, que se classifica como "denunciante da maior roubalheira documentada" do país, afirma que só pretende falar aos deputados quando eles se organizarem e demonstrarem seriedade e interesses políticos.

"Na condição de denunciante da maior roubalheira documentada, já vista no Brasil, não poderia, jamais, me submeter a questionamentos meramente políticos, oriundos de parlamentares pertencentes a uma Casa apoteoticamente desorganizada político e administrativamente."

Ao blog, Barbosa disse que sua participação não teria influência significativa diante de tantas indefinições na Casa.

"As revelações tão esperadas pela sociedade como um todo, caso existisse, de nada valeria para as apurações da verdade, pelo menos nesse momento, onde se disputa a presidência da Casa, cargos em comissões temáticas, bem como a queda de braço entre situação e oposição, com direito a torcidas organizadas", afirmou.
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