Olhar Direto

Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Cidades

polêmica

Ministério Público veta fumacê em Barra do Garças e contraria políticos

O promotor de Justiça, Marcos Brant Gambier Costa, manteve o parecer contrário à utilização do fumacê no combate ao mosquito da dengue que causou um alto índice de infestação em Barra do Garças. Já foram 3 mil casos notificados, sendo 300 neste início de ano e 2.700 registrados no ano passado. Também foram confirmadas cinco mortes por dengue hemorrágica.


Segundo o promotor, o Ministério Público tem um laudo da Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de que é desnecessário esse serviço na cidade, mesmo com os 3 mil casos detectados. "Existe um combate setorizado com bomba costal que tem mais eficiência que o fumacê. Precisamos é limpar melhor nossas casas e manter a cidade limpa para o mosquito ir embora", ponderou o promotor.

O veto do promotor contraria a classe política que pretendia conseguir o fumacê como uma resposta ao surto de dengue que tomou conta da cidade. O prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias (PR), pediu através de ofício ao deputado Adalto de Freitas (PMDB), Daltinho, que solicitou a presença do coordenador da Vigilância Ambiental, Oberdan Lira. No entanto, o coordenador manteve o parecer contrário.

O promotor ressaltou que as cidades de Sorriso, Sinop e Colíder, onde se usou   fumacê, o número de casos de dengue triplicou. Brant afirmou que não vai se intimidar diante de pressão política e destacou a necessidade de o município precisar melhorar a limpeza com uma coleta mais eficiente e mais cooperação do povo limpando quintais e terrenos baldios.

"A cidade limpa diminui a vida de um mosquito que é de 42 dias porque ele não vai achar lugar para se procriar", expôs.

Ainda de acordo com o promotor, o Ministério Público está assinando um novo termo de ajuste (TAC) com a Prefeitura para forçar o município a colocar médicos em oito das 13 unidades do Programa da Saúde da Família; aumentar de um para pelo menos dois médicos no pronto-socorro, além de limpar e cercar alguns lixões da cidade nos bairros Vila Varjão, Nova Barra e na saída da cidade na MT-100 para Araguaiana.

Marcos Brant chegou a dizer que o Ministério Público tem incomodado bastante a secretária municipal de Saúde, Daniela Salum, com o intuito de baixar a epidemia de dengue que havia na cidade.

Outra vitória do Ministério Público mencionada pelo promotor Marcos Brant é sobre o Banco de Sangue (Hemocentro) que será reaberto no início de fevereiro, depois de um ano e três meses fechado. A unidade de sangue da cidade foi fechada em outubro de 2008 e virou alvo de disputa política, com a atual gestão preferindo culpar o gestor passado ao invés de sanar as pendências e colocar o Hemocentro para funcionar. “Eu entendo que, independente de quem seja o gestor, a população não pode ser penalizada com a descontinuidade do serviço”, sintetizou.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet