O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse nesta quarta-feira que a provável reeleição do deputado Michel Temer (PMDB-SP) como presidente do PMDB reforça entre os peemedebistas a aliança do partido com o PT nas eleições para a Presidência da República.
Padilha classificou como "muito positiva" a recondução do Temer ao comando do PMDB, assim como disse que as conversas entre PT e PMDB são "as melhores possíveis".
"Eu acho que a sua recondução faz que com que ganhe dentro do PMDB a tese da aliança com a ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil]. Ganha dentro do PMDB a intenção de fazer parte da base do governo, e isso dá estabilidade para o final do governo Lula, para o conjunto das votações no Congresso e para o debate eleitoral", afirmou.
Padilha disse que Temer teve um papel muito importante na relação com o governo federal, uma vez que ele trouxe "o conjunto do PMDB para a base do governo".
O PMDB reúne hoje a Executiva Nacional, que deve manter no dia 6 de fevereiro a convenção nacional do partido para a escolha do seu presidente. O comando do partido pretende apresentar chapa única, com Temer no comando, com o objetivo de que o peemedebista seja indicado para a vice-presidência na chapa da ministra Dilma.
Ciro Gomes
Hoje à noite, o presidente Lula se reúne com o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), para discutir a pré-candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao Palácio do Planalto.
Padilha disse que Lula vai reiterar seu entendimento de que a base aliada deve se unir com uma única candidatura: a da ministra Dilma.
"O presidente acha que temos que ter uma disputa polarizada, uma candidatura única do conjunto da base. A eleição do 'quem sou eu' e 'quem és tu'. Essa mensagem vai ser discutida com o presidente do PSB", afirmou.
Na prática, Lula vai pedir para que Ciro apoie a candidatura de Dilma sem lançar seu nome ao Palácio do Planalto. O desejo de Lula é ver o deputado disputar o governo de São Paulo com o apoio do PT.
Padilha disse que Campos tem conseguido unificar a sua base aliada em Pernambuco em torno de sua candidatura à reeleição --num sinal de que o governador pode tentar convencer Ciro a seguir o mesmo caminho em nível nacional.
