O chefe da equipe Mercedes de F-1, Ross Brawn, disse que seu piloto Nico Rosberg precisa vencer sua primeira corrida na categoria se quiser receber tratamento equivalente ao que terá seu companheiro de escuderia, o heptacampeão Michael Schumacher.
O dirigente inglês não descarta priorizar um de seus corredores durante a competição, caso algum deles esteja disputando o título.
Brawn afirmou que uma vitória, aliada à experiência que Schumacher tem para compartilhar, podem permitir a Rosberg consolidar sua posição.
"Nico tem a velocidade e o talento, mas ele ainda não venceu uma corrida ainda, então ele precisa cruzar este limiar primeiro. Mas não há razão para que ele não possa competir também. Eles trabalham bem juntos e eu vejo Michael ajudando Nico a desenvolver sua carreira", falou Brawn.
"Não quero que Michael domine. Quero ambos competindo com muita força e quero ambos vencendo corridas. Mas, no final, queremos vencer o campeonato. Podemos tomar a decisão de dar apoio extra a um piloto para o título, mas não faremos isso até a situação [de ter um piloto mais perto do título] aflore. Até lá, é uma competição aberta e não quero um piloto dominando outro."
Após passar três anos como consultor da Ferrari, Schumacher, 41, acertou seu retorno pela Mercedes, ex-Brawn GP, com um contrato de três temporadas. Já Rosberg, que correu na temporada passada pela Williams, trocou de posto com Rubens Barrichello.
A equipe vai usar os números três e quatro, para o primeiro e segundo carro, respectivamente. Quando o heptacampeão chegou à equipe, Rosberg já havia sido contratado e registrado com o número três --mas, alegando superstição com números ímpares, Schumacher pediu para tomar o posto do companheiro e foi atendido.
Schumacher tem histórico de piloto dominante na Ferrari, onde trabalhou com Brawn e foi priorizado. O dirigente da Mercedes lembra da postura de sua antiga escuderia e não descarta repeti-la: "Ele dominou porque ele era mais rápido e mais consistente. Vamos ter que ver como esta temporada se desenvolve".
