Os alunos que ingressarem na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no atual processo seletivo, bem como em outras instituições públicas que aderiram ao novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como forma única de ingresso, devem ter um perfil um pouco mais elevado que os provenientes dos vestibulares anteriores. A análise é da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder.

“Nós acreditamos que o aluno que vem desse processo vem com uma potencialidade de leitura mais avançada, de interpretação, de senso crítico”, diz. No entanto, ela pondera que isso não significa que o aluno irá chegar preparado como deveria, mas é um passo à frente.

“Se todas as universidades federais do país aderirem ao novo sistema, ao Enem como forma de seleção, isso vai contribuir muito na qualidade dos ensino fundamental e médio no país. Vai gerar um aluno mais crítico”, afirma Maria Lúcia.

A reitora garante que a UFMT está toda preparada para receber os alunos e para lidar com o novo sistema. “Temos nos reunido com os coordenadores de curso, há toda uma estrutura de apoio, como um call center para auxiliar alunos que tiverem dúvidas e uma equipe preparada para atender essas pessoas”.

Maria Lúcia acrescenta que não tem mais ouvido reclamações de alunos sobre receio de que as vagas da UFMT sejam em sua maioria ocupadas por pessoas que venham de estados com um nível de ensino mais elevado, como os do sudeste. “Isso foi só na época da escolha do Enem como forma de ingresso único”.

Nos seis meses subsequentes ao início das aulas uma equipe irá trabalhar montando um perfil dos alunos provenientes do novo sistema, o que dará dados estatísticos para análises mais concretas.