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Sábado, 27 de abril de 2024

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Ala do PMDB ameaça suspender convenção caso não participe da chapa de Temer

O grupo do PMDB contrário à aliança nacional do partido com o PT promete entrar na Justiça contra a convenção da legenda, marcada para 6 de fevereiro, se não tiver representantes na chapa que vai disputar o comando peemedebista.


A cúpula do PMDB articula a apresentação de chapa única liderada pelo atual presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), mas o grupo contrário à união com o PT quer melar a convenção caso não seja incluído na chapa de Temer.

A convenção tem como objetivo eleger a nova Executiva Nacional do PMDB (cúpula do partido). O encontro foi antecipado do dia 10 de março para 6 de fevereiro. O grupo de Temer trabalha para reconduzi-lo ao comando da legenda com o objetivo de fortalecer o seu nome para disputar a vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.

"Vamos esperar para ver a chapa. Se o conjunto do partido não estiver contemplado, excluindo as pessoas que não concordam com esse acordo com o PT, havendo essa radicalização, nós vamos acionar judicialmente", disse à Folha Online o presidente do PMDB de Curitiba (PR), Doatico Santos.

O paranaense, favorável à candidatura própria do PMDB ao Palácio do Planalto, disse que o prazo para o registro de chapas que vão disputar o comando do partido termina hoje, no final do dia. Na segunda-feira, o grupo contrário à aliança com o PT promete analisar a composição da chapa para conferir se terá representantes na futura executiva do partido.

"Eles [comando do PMDB] falam em exclusão dos descontentes. Se houver exclusão, é um ato de força que será repelido com um ato de força", afirmou Santos.

O grupo argumenta que tem poderes para questionar a convenção judicialmente porque, pelo estatuto do PMDB, as chapas deveriam ser registradas até 8 dias antes da convenção nacional. Como ainda não há acordo no grupo de Temer para a composição da chapa, o que deve ocorrer até o final da próxima semana, Santos disse que a convenção poderá ser anulada caso o grupo decida ingressar na Justiça.

"Para se montar uma chapa, você precisa ter adesões, não se faz isso em dois dias. Portanto, é possível impugnar a chapa. Nos assustamos com a possibilidade de exclusão do Diretório Nacional, composto só com o grupo do Temer", disse o paranaense.

Candidatura própria

O PMDB do Paraná apoia, em sua maioria, a indicação do governador do Estado, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato do PMDB à Presidência da República. O comando do partido, porém, já fechou um pré-acordo com o PT para apoiar a ministra Dilma nas eleições de outubro --consolidando a aliança nacional com o PT.

Temer é o nome mais cotado no partido para disputar a vice-presidência na chapa de Dilma, por isso interlocutores peemedebistas admitem que a pressa na sua reeleição para o comando do PMDB tem o objetivo de mostrar a sua liderança na legenda.

Em dezembro, Requião lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. O governador do Paraná conquistou o apoio do PMDB de São Paulo, contrário à aliança nacional do partido com o PT.

Requião afirma que a sua candidatura é apoiada por representantes de 15 diretórios municipais do partido. De acordo com o governador, desde 1994, com Oréstes Quércia, o PMDB não tem candidatura própria à Presidência.
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