O veredicto da FIG (Federação Internacional de Ginástica) no caso de Daiane dos Santos ainda não é definitivo. A Wada (Agência Mundial Antidoping) pode recorrer da decisão na Corte de Arbitragem do Esporte.

"Como em todas as decisões de federações internacionais e nacionais em casos de antidoping, a Wada vai analisar detalhadamente e rever as razões para a tal veredicto para aí determinarmos se vamos apelar", afirmou Frédéric Donzé, chefe de comunicações da Wada.

Suspensa por cinco meses pelo uso do diurético furosemida, a ginasta diz não estar preocupada com a possibilidade de a entidade entrar com o recurso no tribunal.

"Não estou pensando nisso. Não cabe a mim. Se a Wada recorrer, a gente também pode recorrer e a punição pode diminuir. Não posso pensar no lado negativo. Tenho que pensar nos cinco meses, que vou poder treinar e me recuperar", desconversou Daiane, no único momento que demonstrou irritação em sua entrevista coletiva.

Membro fundador da entidade e integrante do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), o médico Eduardo De Rose também considerou branda a pena aplicada. "Não cabe a mim discutir o resultado. Para ela foi uma ótima notícia e os advogados dela estão de parabéns. Ainda analiso como possível a Wada recorrer", disse De Rose.

O advogado de Daiane, Cristiano Caús, não considera simples a diminuição da pena, que segundo o código da Wada deve ser de dois anos. "Nestes casos, pelo que sei, o mínimo que já foi aplicado a um atleta foi dois meses. Estamos muito satisfeitos com o resultado e não acho necessário apresentar um recurso", afirmou ele.