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Sábado, 27 de julho de 2024

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A delícia que é viajar com o Palio Weekend Trakking

27 Fev 2009 - 17:35

JOÃO CARLOS DE QUEIROZ, EDITOR DE CARROS E MOTOS

Já há algumas semanas, publiquei minhas impressões sobre a deliciosa dirigibilidade do Palio Weekend Trakking 1.4 da Fiat. Testei o veículo nas estradas mineiras (Br(s) 040 e 135, de Belo Horizonte a Montes Claros).


O material mereceu comentários diversos de outros colegas jornalistas, que se surpreenderam notavelmente com a performance descrita desse Fiat em viagem. Alguns me questionaram se era exatamente isso que senti durante o teste.

Volto a falar abaixo dessa experiência fascinante. Já testei outros modelos Fiat no mesmo trecho mineiro (Doblò, Palio Weekend - modelo anterior 1.8, Siena 1.0 e um Idea Adventure). Mas fiquei literalmente fascinado com essa versão Trakking, do Palio Adventure. Relato que volto a reproduzir abaixo, agora com maiores detalhes:

"A Fiat costuma ser soberana em itens ligados à mais refinada tecnologia. Seus carros esbanjam uma direção pra lá de prazerosa. Solicitei um dos modelos para test-drive e foi liberado um dos recentes lançamentos da marca, o Palio Weekend Trakking, para os meus curtos dias de estadia nas terras mineiras, a partir de Belo Horizonte, no mês de janeiro/2009.

Meu irmão mais velho, ex-jornalista político, José Antônio de Queiroz, foi quem buscou o Palio Weekend Trakking na fábrica da Fiat em Betim, região Metropolitana de Belo Horizonte. Cheguei no Aeroporto de Confins e lá estava o carro à minha espera, pronto para empreender uma viagem de 450 quilômetros, aproximadamente, até Montes Claros, terra natal.

Após deixarmos o pátio de estacionamento do aeroporto, nós nos dirigimos até o Aeroporto da Pampulha. Ali reembarquei minha filha Pollyanna e sua prima Marianna (filha do mano José Antônio) num vôo da TRIP para Montes Claros. Ela estava cansada pelo vôo, madrugada afora. Seria cruel forçá-la a mais cinco a seis horas de carro. Na sequência, fui almoçar na casa do irmão, degustando pratos mineiros tradicionais, dos quais andava saudoso.

Aguardei apenas uma hora - após o almoço - para tomar a Br-040 até Montes Claros. Não parei sequer para um café antes de deixar a Br-040 e tomar a 135 (que desemboca diretamente em MOC).

O Palio, já percebi desde o início da viagem, conclamava ação no acelerador, sentindo-se livre para voar sereno no asfalto que vem sendo reformado entre BH e o trevão de acesso a Brasília. As poltronas macias desse Fiat, em couro, pareciam ter sido feitas para acomodar meu corpo cinquentão. Não quis ligar o ar-condicionado durante o percurso diurno, pois estava fresco e era até agradável ser açoitado por aquele sopro vegetal de natureza no rosto.

Liguei o som e as músicas de emissoras da região foram se alternando com as recordações de outras viagens naquele mesmo trecho. Por ali passei com minha antiga esposa por várias vezes, anos atrás. Bateu uma saudade estranha, apesar de que ela ainda vive e é vizinha minha de bairro, em Cuiabá. Os momentos felizes não costumam ser percebidos na sua essência momentânea.

Soquei sem piedade essas recordações de teor nostálgico, e me concentrei na estrada à frente. O delicioso Fiat continuou cumprindo seu papel eficiente de bom andarilho veloz no asfalto. O ponteiro do velocímetro acusou que chegava fácil aos 110 quilômetros, mas preferi não passar daí. Afinal, leis foram feitas para serem respeitadas. Os 110 não precisaram ser reduzidos em nenhuma curva. O carro se agarrou firme a cada zigue-zague inesperado, e assim foi vencendo as centenas de quilômetros entre Belo Horizonte e Montes Claros.

Lá pelas tantas da tarde, Sol a pino, com os resquícios crepusculares antevendo que a noite seria uma companheira breve, resolvi pisar mais fundo no acelerador, espantando-me com a determinada ousadia do motor 1.4 em chegar fácil aos 140 quilômetros. Retornei o acelerador aos 110 anteriores, e continuei me deliciiando com o espaço de conforto que o Palio Adventure oferece sem timidez a quantos queiram ocupá-lo.

O carro é perfeito em todos os sentidos, com seus sistemas de segurança harmonicamente configurados, entre si. Pedais macios, câmbio igualmente 'manteiga', e aquele pára-brisa enorme, algo similar a uma tela de cinema, temos a impressão de estar assistindo a um filme turístico, em que a estrada vai sendo engolida fácil pelo seu capô charmoso.

Também testando os freios, senti que os do Palio Adventure Trakking são precisamente seguros. Não há nenhum balanço externo do carro quando são acionados fortemente. O Palio se agarra mais uma vez ao asfalto, atendendo à ordem de parar. Outro item fantástico desse Fiat, que se sobrepõe aos seus irmãos anteriores.

Não sei por que, comecei a recordar que o bólido em que viajava era descendente direto das peruas Panorama e da lendária Elba (precursores do avançado modelo). Carros que marcaram época no Brasil e que continuam ainda se impondo como serviçais em áreas urbana e rural.

Também observei outros detalhes interessantes durante a viagem com a Nova Palio Weekend Trakking: o painel oferece uma leitura fácil e com vários itens essenciais. O motor ronrona de forma silenciosa. Numa rodovia de asfalto impecável, como alguns trechos pelos quais passei, só se ouvia o sibilar dos pneus na camada asfáltica, como se o carro estivesse sendo impulsionado por força invisível.

O fator economia foi ainda analisado durante a longa viagem: o carro é econômico, sim, se forem observados detalhes referentes à calibragem dos pneus, velocidade, ar-condicionado, peso. Sem contar que o combustível utilizado pela Palio (álcool e gasolina) pode estar alterado, o que afeta diretamente o consumo, em qualquer carro.

Já noite fechada, os faróis potentes varreram o escuro do asfalto com competência tranquilizadora para quem comanda um carro a mais de 100 quilômetros. Cheguei a Montes Claros às 20 horas, não sem antes visitar uns parentes em Bocaiúva, cidade vizinha.

- Cabe tudo isso aí na bagagem?! Brincadeira! - surpreendeu-se meu irmão mais novo, Marcelo Dias Queiroz, quando me viu retirando malas e mais malas. Ele também elogiou o design agressivo e, ao mesmo tempo, acolhedor do Trakking. "Um carro e tanto", foi seu comentário. Marcelo é fanático por automóveis, colecionando publicações que trata da história automotiva no País e no mundo.

A viagem de regresso foi igualmente povoada pelas delícias registradas na ida, agora com minha filha, sobrinha e um colega de serviço de Marcelo.

Cheguei a BH com indícios de chuva forte, e foi assim que rumei para o Aeroporto de Confins com meu irmão, José Antônio. Foi ele quem devolveu o carro no dia seguinte. Suas impressões favoráveis ao rendimento do carro foram as mesmas de quem conhece a trajetória da Fiat em terras brasileiras: "E pensar que tudo começou com os humildes 147!", exclamou. Em tempo: meu mano possuiu um modelo do tipo, 147 de cara quadrada. Com ele, não sabe dizer quantas vezes, também cruzou o mesmo trecho que eu terminara de passar com o Palio Trakking.

É por essas e outras que, na qualidade de editor de Veículos há décadas, tiro o chapéu para a Fiat. A marca merece estar num patamar de soberania tecnológica, o que é aplaudido pelo Brasil e pelo mundo inteiro".

João Carlos de Queiroz, jornalista Mtb 381.18 (editor de Veículos - Carros % Motos)
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