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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Número um do IPCC diz que ficará no cargo até 2014

Sob uma tempestade de críticas ao Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), o cientista-chefe do grupo de pesquisadores, Rajendra Pachauri, diz que ficará no cargo até a entrega do quinto relatório sobre aquecimento global, previsto para setembro de 2014.

Sob uma tempestade de críticas ao Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), o cientista-chefe do grupo de pesquisadores, Rajendra Pachauri, diz que ficará no cargo até a entrega do quinto relatório sobre aquecimento global, previsto para setembro de 2014.


Em entrevista concedida à revista “Science”, o indiano, de 69 anos, defendeu a honestidade do trabalho científico do IPCC. “Não acho que a credibilidade do IPCC possa ser prejudicada. Se o IPCC não existisse, por que alguém estaria preocupado com as mudanças climáticas?”, questionou.

Pachauri classificou de “erro infeliz” a projeção errônea de que as geleiras do Himalaia desapareceriam até 2035 e prometeu que, no próximo relatório, vai se empenhar pessoalmente para ter certeza de que não sejam usadas “informações questionáveis”.

Ele fez pouco caso em relação à troca de e-mails entre cientistas que abriu uma crise em relação ao IPCC pouco antes da Conferência do Clima, em Copenhague. “Aqueles e-mails representam nada mais do que comunicações privadas, desabafos particulares de angústia, raiva ou emoção”, argumentou.

Dinheiro de empresas

As críticas ao IPCC também atingiram diretamente Pachauri. Ele foi acusado de conflito de interesses, pois o instituto que dirige na Índia recebeu 100 mil euros do Deustche Bank e 80 mil dólares da Toyota para prestar consultoria a essas empresas.

“Eu sou um empregado pago pelo meu instituto, não pelo IPCC. Eu não vejo por que não posso prestar consultoria para ninguém em nenhum lugar do mundo, já que eu não estou fazendo dinheiro com isso. O dinheiro vai para o meu instituto”, afirmou o cientista.

Consenso sobre aquecimento

O IPCC foi criado em 1988, um ano depois da assinatura do Protocolo de Kyoto. O objetivo do grupo é usar a literatura científica para avaliar a extensão das mudanças climáticas, e compreendê-las. Outro objetivo é avaliar o potencial da humanidade para adaptar-se às mudanças ou se contrapor a elas. Os pais do IPCC são as agências das Nações Unidas para meio ambiente (Pnuma) e para meteorologia (OMM).

Depois de publicar relatórios de avaliação em 1990, 1995 e 2001, o IPCC lançou em 2007 o documento que se tornou o consenso científico sobre aquecimento . O texto, cuja preparação envolveu mais de 1.200 cientistas independentes e 2.500 revisores, conclui que os países desenvolvidos devem cortar suas emissões de gases do efeito estufa em 40% até 2020 para segurar a alta da temperatura do planeta no limite de 2°C. Pelas contas do IPCC, é o único jeito de evitar um descontrole climático de consequências desastrosas.
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