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Sábado, 27 de julho de 2024

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Toyota usa navio para estocar carros na Europa

Toyota teve de alugar um navio para estocar veículos, nas proximidades do porto de Malmo, na Suécia (Foto: Divulgação)A contração na venda de carros na Europa é tão grande que a montadora japonesa Toyota teve de alugar um navio para estocar veículos, nas proximidades do porto de Malmo, na Suécia. O caso ilustra bem a crise no setor.


No Canadá, a americana Chrysler está usando uma base militar de Downsview, em Ontário, para acumular carros não vendidos num mercado em depressão.

A produção de veículos na Europa ficou em 18,7 milhões de unidades (sendo 16,2 milhões de automóveis) em 2008, representando queda de 7% no ano. Mas a contração foi particularmente forte no último trimestre, quando o índice chegou a 28%.

A expectativa da Associação Europeia de Produtores Automotivos (Acea) é de mais queda de vendas este ano no velho continente e no resto do mundo. A produção europeia deve declinar 15% este ano, o que provoca um inevitável aumento nas pressões para cortar empregos e custos.

A produção de veículos no bloco europeu ocorre em 150 fábricas em 18 países. E o acúmulo de carros está causando problemas. No porto de Malmo, o espaço para 12 mil carros está completamente tomado. Por isso, a Toyota teve que alugar um navio para guardar 2,5 mil carros que não encontram compradores. Na região, a montadora mantém fábricas na França, Grã-Bretanha, Republica Checa, Rússia e Turquia.

Em janeiro, o registro de novos veículos em toda a Europa sofreu uma queda dramática de 30%. Isso apesar de incentivos dados pela Alemanha, França, Áustria e Espanha, que ofereceram subsídios para o sucateamento de carros velhos e a compra de veículos novos.

A Alemanha oferece 2.500 euros para o consumidor que jogar fora seu carro de pelo menos nove anos de idade e adquirir um carro novo. Além de tentar reaquecer a economia, há também um ganho ambiental, já que os modelos mais novos são menos poluentes. Empresas de sucateamento, no entanto, dizem que pelo menos na Espanha não houve melhora nos negócios.

As montadoras continuam pressionando a União Europeia (UE) para que o Banco Europeu de Investimentos (BEI) aumente para 40 bilhões de euros o volume de recursos para o setor, e acelere o desembolso. A UE, por sua vez, avisou que não pensa em levar adiante plano de reestruturação da industria automotiva, acusando os produtores, e não a crise financeira, pelos problemas no setor
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