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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Davos pede a Obama que não atue de forma unilateral na regulação bancária

Foto: Reprodução

Davos pede a Obama que não atue de forma unilateral na regulação bancária
O Fórum Econômico Mundial terminou neste domingo (31) em Davos com um apelo quase unânime a favor de que a nova regulamentação dos mercados tenha uma coordenação no nível internacional. O pedido foi feito depois da discussão do projeto de reforma bancária dos EUA.


"Devemos atuar com regras mundiais para tentar dos problemas mundiais. Isso é absolutamente essencial. Caso contrário, avançamos para uma catástrofe", declarou no sábado o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, ao resumir a sensação dos dirigentes presentes na 40ª edição do Fórum Econômico Mundial (WEF) celebrado nos Alpes suíços.

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, também se manifestou no mesmo sentido: "Foram feitas muitas propostas muito espetaculares e parabenizou por ver que a vontade política continua presente", afirmou, referindo-se ao plano Obama.

"Mas temo que esqueçamos uma lição essencial da crise, que é a coordenação. Tenho medo que não nos encaminhemos nessa direção", acrescentou.

Durante a primeira cúpula do G20 de potências industrializadas e emergentes sobre a crise mundial, realizada em Londres, em abril de 2009, os líderes mundiais deram um mandato a duas instituições internacionais, o Comitê de Estabilidade Financeira (FSB) e o Comitê de Basileia, para que se encarregassem de elaborar uma reforma financeira.

O tema ficou em seguida relegado a um segundo plano porque os governos se concentraram nos planos de reativação de sua economia, em plena recessão.

A cúpula do G20 de Pittsburgh (EUA) de setembro voltou a colocar a questão na mesa, e pouco depois a França e o Reino Unido pediram um "pacto mundial a longo prazo" para a regulação bancária.

Isso antes que o presidente Obama fosse muito mais longe em 21 de janeiro ao anunciar seu projeto de limitar o tamanho dos bancos e proibir a eles certas atividades nos mercados para frear a excessiva realização de riscos.

Esta iniciativa desagradou os europeus, que vêem nela uma violação dos princípios afirmado dentro d G20, em primeiro lugar a coordenação.

Na abertura de Davo, o presidente francês Nicolas Sarkozy disse estar de acordo com Obama, mas advertiu sobre o risco de uma ação isolada dos Estados Unidos.

Do lado do setor privado, vários grandes banqueiros e empresários criticaram as propostas americanas, mas à medida que avançava o Fórum preferiam aceitar a ideia de uma regulação reforçada com a condição de que seja harmonizada em nível internacional.

"Reconhecemos a necessidade de mudança, mas se a regulação não puder ser idêntica em todos os países, é necessária uma coordenação internacional. Necessitamos de consistência", declarou o presidente da grande companhia de seguros britânica Tidjane Thiam.

Josef Ackermann, presidente do Deutsche Bank, se somou a este pedido: "Todos sabemos que é preciso fazer algo para restaurar a confiança, mas é absolutamente necessária uma harmonização a nível mundial das regulamentações e a fiscalidade", concluiu.
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