Final de semana, termômetros marcam 7°C. Se fosse no Brasil, provavelmente muitas pessoas estariam em casa, debaixo da coberta e vendo televisão. Mas em Vancouver a situação é bem diferente. A temperatura, considerada alta nesta época do ano na cidade, atrai diversos moradores e turistas para a rua preferida dos consumistas: a Robson Street.

Chegando lá, é difícil não querer comprar. Na famosa rua de comércio são encontradas as mais variadas roupas, sapatos, bolsas, produtos de beleza, CDs e livros. Espetáculo do capitalismo. Quem é mais ligado a marcas não têm do que reclamar. Zara, Gap, Levi's e Salvatore Ferragamo, entre outras, exibem suas novidades na região.

Apesar da tentação, um dia antes de voltarem ao Brasil duas estudantes disseram que não foram às compras na Robson durante o mês em que moraram na cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Inverno.

"Nós fomos a um outlet fora de Vancouver, porque achamos a Robson Street meio cara", disse Marina Alcântara, 23 anos, que deixou Jundiaí, em São Paulo, para estudar inglês em Vancouver com a amiga Renata Francischinello, 20 anos, de Itu, no mesmo estado.

Já quem estiver disposto a desembolsar quantias surreais também têm destino certo. Logo ali ao lado, na loja Holt Renfrew, uma espécie de Daslu dos canadenses. Basta pegar a primeira peça para perceber o que está por vir. Um gorro da Giorgio Armani, por exemplo, é vendido por R$ 380.

No mesmo lugar, as "patricinhas" de plantão ainda podem encontrar uma jaqueta preta básica por R$ 2,5 mil ou um vestido preto de viscose por R$ 5,3 mil. Tudo ao som de DJ exclusivo nos três andares lotados. Mais gente olhando do que comprando, é verdade.

E os produtos para os homens seguem a mesma linha, com um sapato social preto em promoção. De R$ 4.680, por R$ 1,8 mil. Uma pechincha. E que tal uma regatinha listrada por R$ 682? Coisa de gente chique