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Sábado, 04 de maio de 2024

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Dilma diz não ver problemas na criação de megaempresa energética no Brasil

O governo não vê problemas na criação de uma megaempresa de distribuição de energia elétrica que é planejada pela empreiteira Camargo Corrêa. A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse nesta quarta-feira que a concentração no mercado é uma tendência internacional no setor.


"Não vemos com maus olhos. É uma tendência internacional ter grandes empresas nessa área", disse Dilma em entrevista durante a inauguração do gasoduto Cabiúnas-Reduc 3, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Segundo reportagem publicada na edição de domingo da Folha, a Camargo Corrêa --que já é controladora da distribuidora CPFL, que atua no interior e litoral de São Paulo-- pretende comprar o controle da Eletropaulo e da AES Sul, ao mesmo tempo em que poderá adquirir as partes do Banco do Brasil e do fundo de pensão Previ no grupo Neoenergia.

Se aprovadas as operações, a Camargo Corrêa terá uma empresa responsável pelo abastecimento de praticamente todo o Estado de São Paulo e de três Estados do Nordeste, que é atualmente a região com maior potencial de crescimento.

Dilma frisou que o governo ainda não definiu posição sobre o assunto, até porque o possível negócio ainda não foi "colocado de forma completa para o governo". "Isso ainda não foi discutido dentro do governo. Mas não temos problemas para analisar", disse.

No mesmo tom de Dilma, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) afirmou que as empresas do setor estão se reorganizando e buscando se fortalecerem. Em princípio, ressaltou o ministro, não haveria empecilhos para o negócio.

Demanda recorde

Dilma comentou ainda que o recorde de consumo de energia elétrica no país verificado ontem pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) mostra que o sistema está preparado e resistente às grandes pressões de demanda.

Dilma disse garantir que, mesmo com a elevação no consumo devido ao forte calor, não há risco de faltar energia no país.

"Temos hoje energia o suficiente nos reservatórios e temos as térmicas que não estão sendo totalmente usadas à disposição. Podemos olhar esse quadro com muita tranquilidade. O Brasil não está passando por nenhum problema de falta de energia", disse.

O recorde ocorreu às às 14h42 de ontem, quando o ONS identificou uma demanda de 68.761 MW (megawatts). O consumo foi determinado principalmente pela área Sudeste/Centro-Oeste, que foi responsável por uma demanda instantânea de 42.690 MW, exatamente no horário verificado em todo o SIN (sistema Interligado nacional). Para atender à alta da demanda, foram gerados 60.155 MW médios, acima dos 59.192 MW médios programados anteriormente.
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