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Sábado, 04 de maio de 2024

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Jayme defende horas extras do Julio Muller

Em pronunciamento realizado agora a pouco, o senador Jayme Campos fez um apelo dramático para que o governo federal reveja a redução das horas extras nos hospitais universitários de todo o país, especialmente no Hospital Julio Muller, de Cuiabá. “De que precisam as autoridades federais para se sensibilizar? Seria necessário expor corpos inertes de crianças em praça pública? A súplica de mães em desespero? Ou o pranto de dor de meninos e meninas desprotegidos diante do acaso?”, perguntou o parlamentar.


Em recente portaria, de setembro de 2009, o Ministério da Educação diminuiu de 22 mil para 6 mil as horas extras de médicos e enfermeiros que atendem nos hospitais-escolas federais. Isso acabou acarretando na redução de plantões e fechamento de UTIs. No caso específico do Júlio Muller, está completamente desativado o pronto atendimento pediátrico e parcialmente inativa a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Segundo informações de funcionários da unidade, ente 150 e 200 pacientes deixam de ser atendidos diariamente.

“Nossas crianças têm sido vítimas desta morte inescrupulosa e sórdida. Tombam silenciosamente sem causar alarde ou comoção”, denunciou o senador. Ele também classificou de ‘ridículas’ as verbas que mantém o hospital, que não chegam a 900 mil reais por mês. “Que Brasil é este, que quer sediar eventos esportivos internacionais, mas priva suas crianças de um atendimento eficiente de saúde? Que país é este, que quer liderar ajudas humanitárias mundiais, mas não olha com atenção para a miséria de seus compatriotas?”, indagou Jayme Campos.

O senador ainda fez um convite para que seus colegas de bancada Serys Slhessarenko e Gilberto Goellner, além da senadora Marisa Serrano, presidente da Comissão de Educação do Senado Federal, agendem reuniões com os ministros da Educação, Fernando Hadad; do Planejamento, Paulo Bernardo; e da Saúde, José Gomes Temporão, “para que possamos acompanhar as negociações das universidades federais com estas autoridades, intervindo a favor dos hospitais-escolas para que o impasse seja resolvido e com o menor prejuízo para a sociedade brasileira”.

O senador Jayme Campos espera que na próxima semana haja uma mobilização dos parlamentares no sentido de que o MEC revogue a portaria que limitou as horas extras. Segundo ele, a decisão do governo extrapolou o âmbito administrativo e “tornou-se uma questão de forte apelo social, conquanto nossa infância tem o seu direito à saúde ameaçado”, concluiu.
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