O deputado estadual Percival Muniz (PPS) assumiu que foi ‘enquadrado’ pelo presidente nacional da sigla, Roberto Freire, a ampliar o debate acerca do projeto político a ser adotado pelo Partido Popular Socialista em Mato Grosso. Segundo o próprio parlamentar mato-grossense, chegaram informações à cúpula nacional de que ele estava tendo um comportamento autoritário e centralizador.

“Nós, partidos da esquerda, temos o costume de debater três dias o que poderia ser feito em meia hora”, ponderou Muniz. “Como tive experiências no Poder Executivo, sou pragmático, objetivo”, complementou na tentativa de explicar por que foi considerado autoritário por colegas do partido.

Para mostrar que atendeu aos pedidos por debate, o ex-prefeito de Rondonópolis informou ter marcado reunião com o diretório de Cuiabá no dia 15 de março, para um debate amplo e democrático. Outra reunião, desta vez com todos os prefeitos e vereadores do partido em MT, deverá ser marcada ao fim do mesmo mês.

Em retribuição, Roberto Freire teria ‘cedido’ um acordo com Muniz: enquanto o parlamentar se compromete a ampliar o debate, a cúpula nacional se mantém fora da decisão da aliança regional do PPS.

Problemas

Além disso, o parlamentar socialista confirmou a existência de algumas lideranças dentro do PPS que preferem o nome do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), ao do neossocialista Mauro Mendes (PSB). Exemplo disso é o vereador Ivan Evangelista (PPS), antigo crítico da gestão do tucano, mas atual defensor de uma aliança com PSDB.
 
“Ele (Ivan) foi assediado por Wilson”, alegou Percival Muniz em entrevista ao programa "Cidade Independente", da Rádio Cidade FM 94,3. Todavia ele não acredita na oferta de cargos como motivador da mudança de posição por parte do vereador do PPS.