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Sábado, 04 de maio de 2024

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Nova técnica ajuda a análise de planetas distantes do Sistema Solar

Muitos planetas fora do Sistema Solar já foram descobertos. Alguns deles são muito quentes e incapazes de abrigar vida semelhante à encontrada na Terra

Um estudo publicado nesta quinta-feira (4) pela revista científica britânica Nature mostra que a busca por planetas de outros sistemas solares onde possa existir vida deve ser facilitada por uma nova técnica que permite o uso de pequenos telescópios em terra.

Cerca de 430 planetas que giram em torno de estrelas que não o Sol foram descobertos desde 1995, mas a maioria é de gigantes gasosos como Júpiter e não planetas rochosos como a Terra.

Até agora, para analisar a composição química da atmosfera desses corpos celestes chamados exoplanetas (por estarem fora do Sistema Solar), assim como buscar moléculas que mostram presença de vida, eram necessários telescópios espaciais ou grandes telescópios em terra.

Mark Swain, da Nasa (agência espacial americana), e seus coelgas americanos, britânicos e alemães utilizaram em 2007 um telescópio terrestre de 3 m, com base no Havaí, para analisar a pequena radiação infravermelha emitida pelo exoplaneta JD 189733b, um gigante gasoso situado a 63 anos-luz (distância percorrida pela luz em um ano no vácuo) da Terra. Inclusive puderam observá-lo em longitudes de onda não acessíveis para telescópios espaciais.

Graças a uma técnica que permite evitar as turbulências da atmosfera terrestre, que podem interferir na imagem dos telescópios, os cientistas descobriram a presença de metano na atmosfrea deste exoplaneta.

O exoplaneta JD 189733b, tal como se vê da Terra, passa às vezes diante de sua estrela ou se coloca atrás dela como em um eclipse. Os astrônomos comparam sua emissão de luz antes e depois de cada eclipse.

Jeroen Bouwman, do Instituto Max Planck para Astronomia, na Alemanha, e um dos autores do estudo falou sobre o assunto por meio de um comunicado.

- Com a nova técnica de calibração, podemos distinguir as variações da luz devido ao eclipse do planeta, variações provocadas por turbulências atmosféricas e pelos próprios detectores.

Os resultados obtidos com telescópios relativamente pequenos em terra são excitantes, segundo Swain.

- Isso significa que, com telescópios maiores em terra, utilizando essa técnica, será possível estudar a atmosfera de planetas similares à Terra.
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