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Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Agronegócios

Acrimat comemora ‘reconhecimento’ da China



Os chineses não importam carne brasileira desde 2005, depois da descoberta de focos da febre aftosa em Mato Grosso do Sul



Cuiabá (MT), 04 de fevereiro de 2010 – A Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat – recebeu com otimismo a noticia do reconhecimento da China de área livre de aftosa com vacinação em mais 13 estados do Brasil, além do Distrito Federal. Entre eles, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Centro-Sul do Pará e Distrito Federal. Já tinham essa condição perante a China, Acre, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, único estado livre da doença sem vacinação. A China restringiu a compra de bovinos no Brasil em 2005, após a descoberta de focos da doença no estado de Mato Grosso do Sul (MS).



“O mercado chinês tem um potencial extraordinário, mesmo não existindo a cultura de consumo de carne, mas sim de miúdos, naquele país. É sem dúvida o maior mercado em expansão mundo e Mato Grosso deve se preparar para ter uma maior relação comercial com a China. Vale a pena a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) e os governos estadual e federal, estreitarem as relações comerciais com os chineses”, analisou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. A abertura de um mercado com mais de 1,3 bilhões de habitantes seria fundamental para o Brasil e Mato Grosso, garantiria um aumento da demanda e melhora dos preços para o produtor.



Atualmente Mato Grosso exporta apenas para Hong Kong que pertence a China desde 1997, mas com comércio internacional separado. Hong Kong é um dos únicos territórios que não possui taxa de importação de carne. Segundo dados do Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, a China em 2009 comprou de Mato Grosso o equivalente a 17,6 mil toneladas de equivalente carcaça, o que representa 9% do total exportado. Mato Grosso vendeu 13% do total enviado pelo Brasil para aquele território, que embarcou 133 mil toneladas de equivalente carcaça (também 9% do total) para Hong Kong. “Como 6,86 milhões de pessoas vivem neste território, significa dizer que o consumo desse país, apenas de carne brasileira, foi de 19 quilos por habitante em 2009”, disse Otávio Celidonio, Gestor do núcleo do Imea.



Nas exportações de miúdos Honk Kong é fundamental para economia mato-grossense. Segundo o Imea, o território chinês comprou 67% do volume exportado de miúdos bovinos por Mato Grosso, com 8,8 mil toneladas em 2009, e comprou 69% do total embarcado pelo Brasil, com 60,5 mil toneladas. A China, apesar de ter uma taxa de importação relativamente baixa (12%), não importa carne do nosso estado desde 2006 e, ainda assim, comprou naquele ano, 56 toneladas ou 0,02% do exportado naquele ano. “É bom lembrar que a venda apenas de miúdos não beneficia diretamente o pecuarista, pois o produtor só recebe pela carne e não fica com nenhum benefício pela comercialização dos miúdos. A abertura do mercado chinês para a compra de carne será muito importante”, ressalta o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
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