O termo insolação é definido como a exposição excessiva aos raios solares; o termo intermação é definido como aumento da temperatura do corpo acima dos limites fisiológicos, geralmente causado por esforço físico intenso em local úmido e pouco arejado. Apesar de associadas ao Sol e a calor ambiente, não são sinônimos de queimadura pela ação da luz solar. Aliás, não existe associação entre queimadura e insolação, a não ser o determinante comum: o calor emanado do Sol. A queimadura é decorrente da ação dos raios solares em grande intensidade em área localizada.

A insolação é relativamente pouco freqüente, mas pode ser letal. Afinal, há muitos milênios a humanidade aprendeu que não é conveniente permanecer exposta ao Sol por muito tempo. As técnicas desenvolvidas pelos povos do deserto, como beduínos e tuaregues, que andam pelo deserto completamente cobertos por roupas claras, mostram que há possibilidades limitadas de controle do calor externo. O futebol não é praticado ao meio-dia no Brasil, mas sim depois das 16 horas, uma forma de evitar problemas de insolação ou intermação.

Hoje, há situações como as ondas de calor que atingem países do hemisfério norte durante o verão e causam sérios problemas devido ao fato de que há moradias sem frestas de ventilação - para permitir o conforto térmico no inverno com custo mínimo de calefação. Mas no verão o que era um fator protetor se torna risco importante. As vítimas costumam ser os acamados, os com doenças psiquiátricas e também aqueles com doenças cardiovasculares e pulmonares que apresentam dificuldade de locomoção para ambientes arejados. Essas situações têm se repetido com freqüência nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa.

Porém há outras situações voluntárias, associadas à prática de atividade física, práticas esportivas ou de ecoturismo, que criam novas situações de risco de insolação ou intermação.