Lourdes Maria tirou fotos ao lado das alegorias (Foto: Aluizio Freire)Em plena semana de carnaval, a Cidade do Samba, na Zona Portuária do Rio, passou a ser o ponto do Rio mais procurado pelos turistas que estão visitando a cidade para conhecer o ziriguidum dos cariocas. Entre os grupos de curiosos que estiveram nesta quinta-feira (11) para conhecer as novidades que as escolas vão apresentar na Sapucaí estavam as filhas da cantora Madonna, Lourdes Maria e a caçula adotiva, Mercy James.
Como qualquer turista, elas pediram para ser fotografadas ao lado das esculturas e alegorias. No passeio pelos barracões, acompanhadas de dois seguranças, as meninas da popstar ficaram deslumbradas, encantadas com o que viam. Anônimas, sem chamar a atenção, admirando as criações dos carnavalescos, aproveitavam para fazer perguntas sobre os enredos das escolas. Madonna vai assistir aos desfiles na Sapucaí no camarote do governador Sérgio Cabral, no próximo domingo, 14.
Encantamento semelhante vivia a alemã Susanna Weber, 24 anos, que desembarcou no Rio há três meses e só quer sair daqui em março. Ela, que estuda artes plásticas em Berlim, pediu para trabalhar como voluntária na Mangueira. “A gente aprende muito com esse mundo de fantasia, com essa vibração das pessoas criando coisas tão bonitas e com tanta simplicidade. É uma verdadeira escola”, elogia, cheia de disposição para enfrentar a maratona de folia. “Estou indo a vários blocos com os meus amigos brasileiros”, completa.
Um casal cearense de Graça, a 70 quilômetros de Sobral, também estava empolgado com o que descobriu na Cidade do Samba. “Meu Deus, isso tudo é muito bonito. A gente entra em outro clima”, extasiava-se Benjamin das Flores, 35 anos, ao lado da mulher, Margarida Silva, 32, ambos funcionários públicos no Ceará que escolheram o Rio para curtir as férias carnavalescas.
A professora Denise Braga ao lado da filha Larissa e de Ana Luiza (Foto: Aluízio Freire)Flores vai desfilar na Beija-Flor, mas sozinho, e lamenta não ter conseguido nem mesmo um ingresso para Margarida assistir sua evolução pela Avenida. “Ela queria no setor seis ou 13, que se tem uma visão melhor do desfile, mas já estavam esgotados. Que pena”.
Mas a Cidade do Samba não para. Nos barracões, muita correria para fazer os últimos retoques, concluir alegorias gigantescas, soldar peças de ferro, refazer molduras de madeira e fibra, colar figuras de isopor. No meio da agitação, o entra-e-sai dos foliões atrás de suas fantasias também é intenso.
“Estamos felizes porque já garantimos a nossa. A fantasia está na mão. Agora é fazer bonito na Avenida”, vibrava a professora Denise Braga, ao lado da filha, Larissa, 19, e da amiga Ana Luiza, da mesma idade, que vão desfilar juntas na União da Ilha.
