Bebês que morrem da Síndrome de Morte Súbita Infantil (SMSI) podem ter níveis baixos de serotonina, um composto químico envolvido em regular a respiração e outras funções vitais, segundo sugere um novo estudo.
Os pesquisadores de Harvard que realizaram a descoberta afirmaram que isso os colocou um passo mais perto de compreender por que bebês que parecem perfeitamente saudáveis podem morrer repentinamente --e que isso poderia levar ao desenvolvimento de um exame preventivo para identificar bebês em risco.
"Isso nos diz que SMSI é um processo de doença", afirmou Hannah C. Kinney, professora de patologia da Escola de Medicina de Harvard e autora do artigo, publicado em 3 de fevereiro no Journal of the American Medical Association. "Não é um raio que veio do nada; não se trata de um mistério. Você pode estudar esse problema com o método científico atingir progressos".
Como parte do estudo, pesquisadores analisaram amostras de tecido de bebês que morreram de SMSI, e um menor número que morreu por outras causas. Eles descobriram que os níveis de serotonina no tronco cerebral eram 26% mais baixos no grupo da SMSI.
Os bebês com SMSI também tinham níveis mais baixos de uma enzima envolvida na síntese de serotonina.
Kinney afirmou que a descoberta não altera a recomendação de que os bebês devem ser colocados para dormir de barriga para cima.