O despacho do ministro Marco Aurélio Mello que manteve preso o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, é decisão judicial e como tal não deve ser discutida. A afirmação é do senador Adelmir Santana (DEM-DF), ao ser questionado pelos jornalistas, na saída do Plenário, sobre a negativa do habeas corpus que liberaria o governador.

Marco Aurélio negou a medida liminar que permitiria a Arruda sair hoje mesmo da cela da Superintendência da Polícia Federal onde se encontra detido. Na próxima quarta-feira (17), existe a possibilidade de que o plenário do STF decida no mérito esse pedido de Habeas Corpus e o conceda. Até lá, Arruda continua preso.

- Quem sou eu para julgar decisão do STF, principalmente de um juiz como o ministro Marco Aurélio, sempre amparado na sabedoria e no conhecimento do direito. A prisão preventiva pode levar até 30 dias. O que o ministro fez foi seguir o Código de Processo Penal - disse Adelmir Santana ao ser questionado pelos jornalistas.

Na mesma entrevista, ele considerou que o fato mais tocante no episódio que culminou com a prisão do governador veio da reflexão sobre a situação em que se encontra a capital da República.

- Ver o que está acontecendo com a capital do país é triste. Mas sou contra o pedido de intervenção. Não há razão para isso.