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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Gene pode acelerar envelhecimento biológico

Segundo pesquisa publicada na Nature Genetics, algumas pessoas podem estar geneticamente programadas a envelhecer mais rápido. A idade das células pode ser bem diferente em indivíduos com a mesma idade cronológica e, algumas pessoas com uma variante genética estão propensas a envelhecer "biologicamente" mais rápido.


Pesquisas anteriores já haviam comprovado que o comprimento do telômero, estrutura de DNA que faz parte do cromossomo, é um marcador do envelhecimento biológico, já que quanto mais as células se dividem e ficam velhas, menores vão ficando os telômeros.

Nilesh Samani, professor de cardiologia da Universidade de Leicester, no Reino Unido, que co-liderou o projeto, explica que “há cada vez mais evidências de que o risco de doenças associadas à idade, entre as quais problemas no coração e alguns tipos de câncer, está mais intimamente ligado à idade biológica do que à idade cronológica”.

O que os cientistas descobriram com esta última pesquisa foi que os indivíduos portadores de uma certa variante genética tinham telômeros menores, ou seja, eram biologicamente mais velhos.

“Dada a associação entre telômeros mais curtos e doenças ligadas à idade, a descoberta levanta questões sobre se tais indivíduos portadores da determinada variante estão em maior risco de desenvolver essas doenças", completa Samani.

Existe uma variante genética, por exemplo, que faz os seres humanos produzirem menos da proteína de transferência de éster de colesterol (CETP). Estes indivíduos têm maiores níveis do chamado colesterol bom, assim como uma melhor função cognitiva durante a velhice e menor risco da doença de Alzheimer.

Tim Spector, professor do King’s College London, que também co-liderou a pesquisa, explica: “O que o nosso estudo sugere é que algumas pessoas são geneticamente programadas para envelhecer em um ritmo mais rápido”. Este efeito foi mais relevante nas pessoas portadoras das variantes, que apresentaram o igual a três ou quatro anos a mais de envelhecimento biológico, de acordo com o medido pela perda no comprimento dos telômeros.

“Essas pessoas podem envelhecer ainda mais rapidamente quando expostas a situações comprovadas como prejudiciais aos telômeros, como o tabagismo, a obesidade ou a falta de exercícios físicos – e acabam vários anos mais velhas biologicamente ou sucumbindo a mais doenças relacionadas à idade”, completa Spector.

As variações identificadas se encontram próximas ao gene TERC, que tem um papel importante na manutenção do comprimento dos telômeros.
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