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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Palestras enfocam importância do atendimento da PM nos casos de agressão a mulher

A juíza Ana Cristina Silva Mendes e a promotora Lindinalva Corrêa, que atuam na 1ª Vara de Combate a Violência Doméstica de Cuiabá, realizaram na manhã desta quinta-feira (26.03), palestras direcionadas a Polícia Militar sobre o atendimento de ocorrências envolvendo agressões a mulheres. Por mais de duas horas, mais de 220 militares receberam a qualificação. O evento foi realizado no auditório do Quartel do Comando Geral da PM/MT.


“Todos temos esposas, filhas e não queremos que passem por uma situação de humilhação, de agressão física. No dia-a-dia somos nós que estamos na linha de frente para o atendimento dessas ocorrências e necessitamos estar preparados”, disse o comandante geral da PM, coronel Antônio Benedito Campos Filho, durante a abertura do evento.

“A Polícia Militar é a primeira a chegar para registrar o atendimento. O policial deve ser apto para lidar com a situação. Ele terá de prestar atendimento social e até psicológico no momento em que chega para prestar o atendimento.A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) veio a criar novos mecanismos para proteção das mulheres, mas ainda sentimos resistências na aplicação. O preconceito ainda existe na sociedade como um todo, em todos os ambientes e classes sociais”, explica a magistrada.

Hoje, Mato Grosso conta com cinco Varas Especializadas em Defesa da Mulher. Duas estão instaladas em Cuiabá, uma em Várzea Grande e três no interior do Estado (Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres). De acordo com a magistrada, tramitam hoje na 1º Vara mais de quatro mil processos.

A promotora Lindinalva pontuou em sua palestra “que de cada 100 mulheres mortas, 70 foram vítimas de maridos, ex-companheiros, namorados. A violência contra os homens é extra-muro e para as mulheres está dentro da casa”. Só ano de 2008 foram assassinadas na Baixada Cuiabana. Desse número, 90% vítimas de crimes passionais.

“Essa qualificação é fundamental. Lidamos, diariamente com muitos casos desse tipo. Quando chegamos para prestar atendimento a situação já é de extrema complexidade, já é o flagrante formalizado. As palestras nos ajudam a melhorar o atendimento”, explica a sargento Patrícia Duarte, que atua na Companhia de Policiamento Comunitário do Santa Isabel.
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