O ministro de Finanças da Alemanha esboçou um plano pelo qual os países da zona do euro proverão uma ajuda de 20 bilhões a 25 bilhões de euros (de US$ 27 bilhões a US$ 33,7 bilhões) para a Grécia, disse a revista alemã "Der Spiegel" neste sábado.

Citando "considerações iniciais" do ministro, o semanário afirmou que a participação financeira de cada país à Grécia seria calculada de acordo com a proporção que cada nação detém no BCE (Banco Central Europeu).

Um porta-voz do ministério de Finanças alemão disse que não comentaria a reportagem, que afirmou que a ajuda financeira viria na forma de empréstimos e garantias.

A revista informou ainda que todos os países do bloco participarão da ajuda e que a fatia da Alemanha seria de cerca de 4,5 bilhões de euros, sob coordenação do banco estatal KfW.

Em público, a Alemanha tem dito que a complacência pode aumentar a pressão sobre Atenas e os governos de outros membros da zona do euro que também estão endividados a reduzir seus déficits fiscais. Mas nos bastidores, parlamentares sabem que Berlim vem preparando medidas para o caso de um socorro se tornar inevitável.

O deficit público grego chegou a 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009, bem acima do limite definido pela União Europeia, de 3%, e Atenas precisa vender cerca de 53 bilhões de euros em dívida este ano, incluindo pelo menos 20 bilhões de euros entre abril e maio.

Um parlamentar da coalizão governista da Alemanha disse à agência de notícias Reuters na semana passada que o país estava considerando usar o KfW para comprar bônus do governo grego.

Separadamente, o "Der Spiegel" disse que um relatório do regulador do mercado financeiro da Alemanha concluiu que os bancos do país poderiam ser seriamente ameaçados, caso a Grécia ou outros países como Espanha, Portugal e Itália se tornem insolventes.