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Sábado, 04 de maio de 2024

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Kurt Cobain ataca os críticos em seu aniversário

Cantor completaria 43 anos neste sábado (20); veja como ele estaria se estivesse vivo


Kurt Cobain completa hoje 43 anos e consegue, mais uma vez, gerar polêmica. Durante entrevista para divulgar o show que vai comemorar 18 anos de seu casamento com Courtney Love, na próxima quarta (24), em Portland (Oregon), ele disse que os críticos que destruíram seu último álbum não precisam ir. “Aliás, não precisam ir a lugar nenhum, podem cair mortos”. O pai do grunge (e avô do emo, como sentenciou maldosamente a revista Rolling Stone) ainda não digeriu a péssima recepção de seu último trabalho.

Lançado em dezembro, o álbum Nirvana is a Gift provocou reações iradas dos fãs mais antigos da banda de Cobain. A ideia de regravar as canções do clássico Nevermind com letras adaptadas a temas natalinos pegou muito mal nas comunidades virtuais dedicadas ao grupo. Algumas rádios de rock decidiram não tocar Smells Like Christmas Spirit. O boicote foi pedido por Krist Novoselic, senador democrata e ex-baixista do Nirvana. Ele não conseguiu impedir judicialmente o lançamento do disco, mas está se dedicando a criticar a iniciativa de seus ex-parceiros, Cobain e Dave Grohl.
- Definitivamente Kurt não é mais o mesmo cara que me acompanhava aos shows do Melvins nos anos 80. Ele pode fazer o que quiser da sua vida, mas não emporcalhar a banda em que toquei por 15 anos.

Novoselic suavizou os ataques ao baterista Dave Grohl, o outro remanescente da formação clássica do Nirvana.

- Dave faz o que Kurt mandar. E quem manda é aquela vaca demoníaca [clara referência a Courtney Love]. O Nirvana já acabou, Dave deveria se dedicar apenas a sua banda alternativa, o Foo Fighters, que é bem legal.

Cobain, mais uma vez, não fez qualquer menção ao ex-parceiro e desafeto. Preferiu falar do show de quarta-feira, no qual deve apresentar clássicos do grunge ao lado de Courtney e amigos como Billy Corgan (ex-Smashing Pumpkins), Kim Thayil (ex-Soundgarden) e Matt Lukin (ex-Mudhoney e Melvins). A noite terá também shows com três bandas da chamada “cena de Portland”, a descarada tentativa de Cobain de reproduzir a efervescência da Seattle dos anos 90 na cidade que adotou como lar desde 2003.

O som rasgado e viajandão das bandas de Portland, quase todas produzidas ou apadrinhadas por Cobain, é para ele uma volta às raízes. Depois do fracasso do álbum emo do Nirvana, Rape Me... Again (2006), o cantor e guitarrista só quer saber de rock tosco e gritado, como o produzido por seus grupos mais queridos, Melvins e Shonen Knife. Assim também soa a Lithium, banda formada por seus dois filhos mais velhos, Frances Bean, 17, e Kurdt Holden, 15.

Cobain desconversou sobre as negociações a respeito de seu segundo reality show, que deve se chamar With the Lights Out. O programa não repetirá a fórmula do fiasco Love Grunge, detonado pelos vexames de Courtney Love transmitidos nacionalmente pela TV. Desta vez a ideia é um concurso para formar uma banda grunge 20 anos depois do auge do movimento, segundo informou o veterano Sammy Haggar, ex-vocalista do Van Halen, que será um dos jurados. Sua presença no projeto é exigência de Cobain, porque o primeiro show que ele viu na vida, ainda garoto em Seattle, foi protagonizado por Haggar.

Sustentado pelas vendas persistentes dos álbuns clássicos do Nirvana e suas reedições, Kurt Cobain vai se equilibrando entre a aura de roqueiro genial e o papel de maridão obediente que aceita todas as empreitadas propostas pela odiada Courtney Love. Não deve ser fácil viver assim.
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