O Ministério Público Federal denunciou nesta quinta-feira suposta irregularidade no repasse de cerca de R$ 190 mil do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Goiás para beneficiar famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

O alvo da denúncia é um convênio firmado entre o instituto e a Ascaeg (Associação de Cooperação Agrícola no Estado de Goiás).

O acordo --por meio do qual seria feito uma cooperação técnica para o benefício de 679 famílias de agricultores-- foi firmado entre o então superintendente do Incra em Goiás, Ailtamar Carlos da Silva, e o presidente da Ascaeg, Volmir de Oliveira Zanatto, que também é integrante do MST.

Entretanto, segundo o procurador Raphael Perissé, as famílias até hoje não foram assentadas pelo Incra. "A celebração do convênio, desde os seus atos antecedentes até a fase de execução, mostra-se maculada por uma miríade de injuridicidades", diz a denúncia

Com isso, o Ministério Público pede a condenação dos envolvidos por ato de improbidade administrativa. Os denunciados podem ser punidos com o pagamento de multa e perda de função pública.

A reportagem entrou em contato com o Incra e com o MST para comentar a denúncia e aguarda retorno. A Folha Online também tentou falar com a Associação de Cooperação Agrícola no Estado de Goiás, mas não obteve sucesso.