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Domingo, 12 de maio de 2024

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Zidane: "Prefiro morrer a pedir perdão para Materazzi"

Conhecido por sua habilidade, Zinedine Zidane ficou marcado de forma negativa pela final da Copa do Mundo-2006. Na prorrogação contra a Itália, o meio-campista da seleção francesa foi expulso ao dar uma cabeçada em Marco Materazzi, em resposta a uma provocação do zagueiro. Mesmo após tanto tempo, o francês afirmou que não perdoaria o defensor pelo ocorrido.


“É claro que me culpo pelo ocorrido, mas se digo 'perdão' também estarei admitindo que o que ele fez foi normal. E, para mim, não foi”, disse o ex-jogador em entrevista ao diário espanhol El País.

Sem citar o nome de Materazzi, Zidane fez uma revelação. “No campo, muitas coisas aconteceram comigo. Mas naquela vez não consegui aguentar. Porque além de tudo... não se trata de uma desculpa. Minha mãe estava doente, no hospital. Isto ninguém sabia, mas era um momento ruim”, disse.

O francês comentou sobre o lance polêmico. “Mais do que uma vez, insultaram a minha mãe e eu não respondi. Mas ali, aconteceu. Pedir perdão a este... Se tivesse sido o Kaká, um tipo normal, bom, claro que lhe teria pedido desculpa. Mas a este! Se lhe peço perdão, falto ao respeito a mim mesmo e a todo os que amo com toda a alma. Peço perdão ao futebol, aos torcedores, à equipe. Depois do jogo, entrei no vestiário e disse: ‘Desculpem-me. Isto não muda nada, mas peço desculpa a todos'. Mas a ele não posso. Nunca, nunca. Seria desonrar-me. Prefiro morrer”, desabafou.

Zidane fez elogios a Ronaldo. “Deve dizer-se aos jovens que se pode jogar da maneira mais nobre, mas que podem acontecer coisas desagradáveis no campo. O futebol é um esporte e não deve haver humilhações. Tudo depende das pessoas. Há adversários engraçados, que dizem coisas e que nos fazem rir. Mas também há gente malvada e a esses não se quer nem ouvir. Também encontrei adversários que me fizeram rir e árbitros engraçados. E companheiros que me faziam rir todos os dias, como o Ronaldo, um craque em todos os sentidos”, afirmou.

Por fim, o francês comentou sobre a atual fase do Real Madrid. “Na minha época, como agora, a equipe também era construída para os atacantes. Faz-se isso para que o time leve um, dois gols por jogo, mas com esses jogadores é possível marcar três gols. Era o que fazíamos quando eu estava lá. Sempre foi assim. É uma filosofia da qual nem todos gostam. Ronaldo, Raúl, Figo, eu... Era um estímulo. O futebol é bonito quando não se sabe o que vai acontecer”, concluiu.
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