Um empresário do ramo de turismo fez uma denúncia ao
Olhar Direto sobre a forma truculenta e abusiva que alguns policiais de Mato Grosso do Sul teriam abordado uma embarcação com um grupo de 24 turistas, enquanto faziam pesca recreativa no Rio Piquiri, na divisa entre Mato Grosso e o estado vizinho. O fato aconteceu na segunda-feira (01), um dia após o término do período de piracema. “Não estávamos contrabandeando ou depredando”, disse.
De acordo com o empresário, os turistas, que eram de Minas Gerais, estavam pescando quando a polícia entrou no barco com armamento pesado e de forma brusca. “Reage ai que eu vou socar algemas em você”, teria dito um dos policiais. J.A.S.J., que preferiu não se identificar por medo de represálias, recebeu uma multa no valor de R$ 170 mil reais por dois peixes que já estavam prontos para serem cozinhados. “Eles montaram os pedaços dos peixes pra medir. Os dois juntos não pesavam mais que seis quilos e mesmo assim aplicaram a multa”.
Além da multa, a embarcação foi apreendida e o empresário proibido de pescar no rio. Os policiais também fiscalizaram uma pousada e levaram oito motores de poupa. O empresário destacou que o problema não está em se fazer fiscalização, mas na forma como foi feita.
“Nós não somos contra o policiamento nessas regiões, até porque no contrato de locação do barco existe um termo que proíbe pesca de peixes fora do padrão que a legislação exige, mas o problema está na forma agressiva como fomos abordados”.
Um dos questionamentos levantados por J.A. é quanto ao fato da polícia de Mato Grosso do Sul ter feito a abordagem. “Em Mato Grosso nós vemos campanhas de orientação sobre pesca toda hora, o governo do estado tem feito um excelente trabalho, não entendi porque policiais de outro estado que nos abordaram”. O Rio Piquiri está localizado a 150 km de Poconé (MT) e 280 km de Coxim (MS).
Segundo o empresário os turistas ficaram assustados. “Eles ficaram chocados da forma como foi realizada a ação, ficou uma péssima imagem para os dois estados”, afirmou. J.A. vai recorrer à justiça para liberação do barco e cancelamento da multa.
