"Coração Louco" seria apenas mais um drama, mas a atuação de Jeff Bridges faz a diferença - tanto é que ele aparece como favorito ao Oscar de Melhor Ator.
A história relata a vida de Bad Blake, cantor de música country de 57 anos em declínio na carreira e na vida. O personagem pode dar a Bridges um Oscar depois de quatro tentativas frustradas.

Mesmo depois de uma carreira com títulos como "A Última Sessão de Cinema" (1971), "Susie e os Baker Boys" (1989) e "O Grande Lebowski" (1998), o papel de Blake dá a Bridges uma nova chance de figurar entre os grandes atores do cinema atualmente.

Apresentando-se apenas em locais decadentes no território americano, Bad Blake acaba conhecendo Jean (Maggie Gyllenhaal, candidata a Melhor Atriz Coadjuvante), uma jovem jornalista em busca de uma entrevista com uma velha estrela e que acaba vivendo um romance repleto de dificuldades com o cantor.

Em sua estreia como diretor, Scott Cooper consegue fazer de Jeff Bridges, estrela da produção e que consegue dar ao personagem uma difícil mistura de negligência, frieza, derrotismo e ternura, que impedem ao espectador tomar uma posição clara a favor ou contra.

Embora a história - baseada num romance de Thomas Cobb - tenha traços de telefilme, a ausência de pretensões artísticas do diretor favorece a narração e permite que Bridges conduza o espectador ao longo da história.

"Coração Louco" já valeu a Bridges seu primeiro Globo de Ouro (na quinta nomeação) e pode lhe render o primeiro Oscar no próximo domingo. Isso daria fim a uma das maiores injustiças de Hollywood, que nunca premiou um ator com talento de sobra.

A produção estreia amanhã no circuito brasileiro.