Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e da Via Campesina daqui e do resto do Brasil são o coração e a força da luta por reforma agrária. Para marcar o centenário Dia Internacional da Mulher (8 de março) elas vão se reunir no Assentamento Dorcelina Folador, Centro de Formação Olga Benário, em Várzea Grande, nos dias 6 e 7 de março, para discutir política. Sim, política é coisa de mulher guerreira, que quer e pode interferir nos rumos da cidade, do Estado, do país e do mundo. O Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Mato Grosso será marcado por debates sobre a atual conjuntura; os impactos sociais, ambientais e econômicos do agronegócio e o reflexo disso na vida das mulheres; e o papel da mulher na transformação da sociedade. No dia 8, pela manhã, elas vão fazer um ato público e uma campanha de doação de sangue, a partir das 9 horas, em frente aos correios e a Igreja Matriz. As mulheres da cidade também estão convidadas.

“Nós, mulheres do MST e da Via Campesina, começamos celebrando o dia 08 de março, não com festas, mas celebrando o verdadeiro sentido deste dia: luta e formação. Sabemos que o estudo é essencial para potencializar a luta, que a mística é essencial para alimentar os sonhos e as utopias e a luta, para conseguir conquistas para a classe trabalhadora.”

O MST e a Via Campesina alertam para este momento importante de reorganização das trabalhadoras e dos trabalhadores, pois acreditam que a transformação se dá em todos os espaços, inclusive nas relações de gênero e uma sociedade justa só se constrói com a superação das diferenças nas relações de gênero.