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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Empresa descarta excesso de peso em avião que caiu no AM

A empresa Manaus Aerotáxi descartou a possibilidade do excesso de peso ser o motivo da queda de seu avião em Manacapuru (AM), na tarde de ontem. O acidente deixou 24 mortos. Quatro pessoas sobreviveram.


De acordo com o informação passada pelo vice-diretor da empresa, Marcos Pacheco, em entrevista coletiva, a capacidade da aeronave BEM 110 Bandeirante (prefixo PT-SEA) era de 5700 kg. Contando-se 100 kg para cada um dos passageiros do voo, daria menos de três toneladas. Além disso, como os passageiros iam de Coari até Manaus para um aniversário e voltariam no dia seguinte, a bagagem era insignificante.

Pacheco preferiu não supor qual era o peso no momento da queda, por volta das 14h de ontem (7), e deixou o serviço para os peritos da Aeronáutica. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da Aeronáutica, vai investigar se o excesso de peso foi um dos fatores que contribuiu para o acidente.

Segundo o Cenipa, todas as hipóteses serão analisadas. Para isso serão ouvidas as gravações de conversas dos pilotos com a torre de controle aéreo e também o depoimento dos sobreviventes. Um representante do Cenipa, em entrevista para a "Globo News" informou que um médico do órgão, juntamente com o IML (Instituto Médico Legal), verifica o peso de cada um dos ocupantes mortos no acidente, para usar nas investigações.

De acordo com a assessoria da Manaus Aerotáxi, a empresa disponibilizou três aviões para levar os corpos de 22 das vítimas para Coari. A assessoria informou que eles estão sendo velados no momento, por volta das 20h30, em ginásio de esportes de Coari. O enterro deve ocorrer na manhã desta segunda-feira.

Segundo a assessoria, o piloto César Leonel Grieger, 47 anos, tinha 23 anos de experiência e já trabalhou para a FAB (Força Aérea Brasileira.). Grieger estava na empresa há oito anos. Ele --que era gaúcho-- vai ser enterrado em Manaus, onde morava com a família há dez anos. A secretária de Saúde de Coari, Joelma Gomes de Aguiar, será enterrada em Manacapuru.

A Manaus Aerotáxi está no mercado há 10 anos e o avião que caiu foi o primeiro da empresa. Segundo a assessoria deve ter sido fabricado por volta de 1982, mas que o ano de fabricação não importa porque a manutenção estava em dia e com todos os atestados homologados pela Anac (Agência nacional de Aviação Civil).

Segundo a assessoria, o avião foi fretado para a agência de viagens Ltur, de Coari, por R$ 7,800 e que a empresa está acostumada a fazer viagens deste tipo.

Acidente

O acidente ocorreu por volta das 14h de ontem (7). O Bandeirante saiu de Coari, com destino a Manaus, mas, devido ao mau tempo, pediu autorização para o centro de controle aéreo da capital do Estado para retornar ao aeroporto de onde partiu. O centro autorizou a volta da aeronave, que desapareceu do sinal de comunicação.

O avião teria tentado pousar em uma pista abandonada na comunidade de Santo Antonio, em Manacapuru, que fica próxima ao rio, segundo o oficial de comunicação do Corpo de Bombeiros do município, capitão Helyanthus Borges. De acordo com a Aeronáutica, o avião caiu a 500 metros da pista.

Os quatro sobreviventes, segundo o capitão, estavam em assentos na cauda do Bandeirantes. Os demais ficaram presos na aeronave, que afundou no rio. No site da empresa, a aeronave aparece com capacidade para 16 passageiros ou 1.500 kg de carga.

A Anac (Agência Nacional de Avião Civil) informou que a empresa e o comandante do avião tinham documentação regularizada para operar.

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