O vereador Ralf Leite ( PRTB), de Cuiabá, preso na madrugada de hoje, Várzea Grande, em companhia de uma travesti de 17 anos, poderá ser enquadrado em quatro crimes. A informação é do delegado Eli Ferreira, do Centro Integrado de Segurança e Cidadania, que recebeu a ocorrência. O caso será encaminhado para ser apurado pela Delegacia do Jardim Glória. Ralf deve ser acusado por ameaça a autoridade, desacato, falsidade ideológica, e ato obsceno em via pública.
Ralf prestou depoimento, assinou um termo cirscunstanciado e o caso deverá julgado pelo Juizado Especial de Pequenas Causas. Estiveram no CISC do Parque do Lago, os vereadores Néviton Fernandes, Clovito Hugueney e Paulo Borges Junior, além dos advogados Fábio Brunini e Edmilson Vasconcelos. O pai do vereador, coronel Leite, PM da reserva e secretário de Emprego e Renda da Prefeitura de Cuiabá, também esteve no local, mas evitou fazer maiores comentários, dizendo apenas que "estava chateado com o episódio".
Ao vereador Clovito Hugueney, Ralf Leite disse que tudo não passava de uma "armação" da PM, em represália a algumas ações de seu pai quando dirigia o Hospital da Polícia Militar. Ralf Leite teria dito também ao seu colega, que foi preso por se recusar a dar dinheiro aos PM's para abafarem o caso. O vereador Paulo Borges Junior, vice-lider do prefeito, foi até o CISC a pedido de Wilson Santos para acompanhar a questão.
O consultor Jurídico da Câmara Municipal, advogado Lauro da Mata, foi mandado pelo presidente do Legislativo, Deucimar Silva, para apurar o que de fato aconteceu com o vereador. Segundo Lauro da Mata, "a intenção é que tudo seja investigado com prudência. A Câmara não vai agir com precipitação". A Comissão de Ética, recém-instalada também será acionada para avaliar este caso.
Em princípio, Ralf Leite daria uma entrevista à imprensa, às 17 horas, na Câmara Municipal. No entanto, sua assessoria, logo depois da saída de Ralf Leite do CISC, desmarcou a coletiva dizendo que o vereador não quer falar sobre o assunto agora .
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