Edésio Ribeiro Neto, o "Binho", teve o direito de praticar advocacia suspenso pelo Tribunal de Ética e Disciplina, da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT). A notificação do resultado do julgamento foi feito por meio de sua defesa, nesta segunda-feira (15).

Binho foi apontado na operação Maranello, da Polícia Federal, como o principal membro do esquema que transportava drogas da Bolívia para o Brasil, tendo como rota Mato Grosso.

O Tribunal de Ética considerou a conduta de Binho uma afronta à classe de advogados, que fere as prerrogativas da profissão. Ele é réu dos crimes de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro na Justiça Federal.

Consta da investigação da PF que Binho arregimentava financiadores, administrava e distribuía a cocaína vinda da Bolívia. Suspeita-se que o advogado tinha ligações até com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele está foragido desde que a "Maranello" foi deflagrada, em setembro de 2009.

O presidente do Tribunal de Ética, Ivo Matias, explicou que a suspensão do direito de advogar de Binho foi julgada no ano passado. Porém, na ocasião, a defesa de entrou com um embargo declaratório, manobra utilizada com intuito de suspender o prazo Binho recursal. Agora, com a decisão de segunda-feira (15), a defesa do advogado terá 15 dias para recorrer da suspensão.

Após o processo transitar em julgado, Binho poderá ainda ter a carteirinha da Ordem caçada e ser excluído dos quadros da OAB.