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Domingo, 05 de maio de 2024

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QUEDA-DE-BRAÇO

Ministério Público mantém proibição ao fumacê

Técnicos e autoridades do município de Barra do Garças reunidos com representantes do Ministério Público e do Governo do Estado decidiram manter a proibição do uso do carro-fumacê na cidade. A equipe da prefeitura não gostou do resultado da reunião e disse que não vai participar da coletiva de imprensa convocada pelo MP para esta quarta-feira (17). Pelo menos foi o que antecipou o advogado do prefeito de Barra, Wanderlei Farias, Edmar Júnior.


Segundo Junior, a reunião de sete horas de duração não conseguiu um acordo entre o Estado e a prefeitura que estão numa queda-de-braço se deve ou não utilizar o carro-fumacê no combate ao mosquito aedes egypti. O representante da prefeitura disse que tentou convencer o promotor Marcos Brantz Gambier Costa e da Secretaria Estadual de Saúde(SES) de que é necessário o fumacê, pois o índice de infestação predial na cidade estaria acima de 3,9% em alguns bairros.

Na discussão surgiu até um questionamento por que Água Boa pode usar avião e sequer um carro é liberado para Barra. A prefeitura começou a usar o fumacê por conta própria na quinta-feira, segundo o Pólo Regional sem autorização da SES e do Ministério da Saúde. E-mails enviados ao promotor Marcos Brantz denunciando a intoxicação de pessoas se tornou a cota d’água e terminou com ação de ontem à tarde quando o MP lacrou as máquinas e proibiu o fumacê.

O diretor do Pólo Regional, Franco Danny, confirmou que a proibição continua e foi taxativo em dizer que Barra não está cumprindo a portaria 24 da SES. Sobre a questão do inseticida cipermetrina que a prefeitura está usando será avaliado se é tóxico ou não, todavia ele adiantou que a dosagem estava muito alta. O permitido é 1 ml e estariam usando 25 ml. “A coletiva desta quarta vai explicar tudo” frisou Danny.

O diretor do Pólo confirmou a presença do coordenador de Vigilância e Saúde Ambiental/SES, Oberdan Lira; e do coordenador do Centro de Informações Estratégicos da Vigilância e Saúde(CIES/SES), Aparecido Alberto, na coletiva do MP para justificar o motivo da proibição. Um dos motivos para proibição do fumacê é que índice de infestação seria pequeno na cidade apesar dos 2.100 casos mencionados pela secretária Daniela Salum e os cinco óbitos que estão sendo investigados na cidade. Salum destacou que foram 3 mil casos em 2009 e que a prefeitura decidiu “peitar” e colocar o fumacê por conta própria devido à pressão da população.

A secretária reclamou que o Estado nem tem disponibilizado leitos suficientes para atender a demanda de dengue de Barra do Garças, que está sendo socorrida pelo estado vizinho Goiás, em Goiânia. Sobre a postura do MP, Salum questionou que os promotores estão bloqueando recursos da prefeitura para comprar medicamentos de alto custo que seria de obrigação do Estado. A secretária mencionou um caso de um paciente de Barra que foi atendido em Pontal e por isso o município foi notificado. O promotor Marcos Brantz disse que vai explicar esses fatos na manhã desta quarta numa coletiva convocada pelo MP.

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