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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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erros históricos

Blairo Maggi encerra governo com 'ex-adversários' políticos e neófitos

Talvez por uma ironia do destino e/ou por conveniência política e elevado senso de sobrevivência política-administrativa ou até mesmo de oportunismo, o governador Blairo Maggi vai concluir seu mandato no próximo dia 31 de março, cercado de ex-adversários (muitos dos quais 'ferrenhos' inimigos) e de neófitos em termos de administração pública estadual.


Nada que possa eclipsar uma das melhores gestões dos últimos 30 anos (era pós divisão de Mato Grosso, efetivada em 1979), como foi o governo Maggi, mas são dois fatos que devem ser levados em consideração para uma reflexão histórica sensata do presente para o futuro a fim de não se incorrer em erros banais do passado.

Reflexões críticas, em muitos casos, são absolutamente necessárias, com todos os advérbios modais existentes, para uma análise política-administrativa isenta, prática e real, sem nenhum obscurantismo, assim como também para uma avaliação político-partidária de um governo de excelência e diferenciado.

Em uma análise conjuntural dedutiva, Maggi começou seu governo cercado de 'amigos" e pessoas determinadas a "quebrar paradigmas", a romper com dogmas ultrapassados e dispostas a inaugurar uma nova era, um novo ciclo. E, de fato, em muitos casos, conseguiram ser pragmáticos e sonhos foram realizados e algo de concreto foi sentido pela população carente e pela sociedade de uma forma geral.

Contudo, é sempre bom refletir, e mostrar que o governador encerra seu ciclo rodeado de pessoas que antes lhe faziam oposição e eram seus críticos mordazes e tenazes, sem piedade ou qualquer resquício de categoria e classe.

A migração do PT, PMDB, PP e o líderes do antigo PL, além de outros penduricalhos políticos e arremedos de lideranças, para a base governista são exemplos tácitos de como um governo, na esteira da necessidade de se manter, absorve, como mata-borrão, líquidos e toxinas políticas outrora indesejáveis.

Quem não se lembra das radicais críticas da trupe petista ao jovem governador Blairo Maggi ? Quem não se recorda das campanhas do atual presidente do PR (partido do governador), deputado federal Wellington Fagundes (ex-PL) contra o grupo de Maggi ? Difícil esquecer que o PMDB não estava nos primórdios deste governo e das ácidas críticas do presidente regional peemedebista, Carlos Bezerra. Mais difícil ainda era prever alguns deputados estaduais no mesmo barco que o destemido Maggi.

E, em mais uma outra contratidição histórica, mais um paradoxo com referência (vide o caso do PSDB), o partido situacionista, o PR, inchou de forma artificial e hoje já definha polticamente. Um dirigente disse para a reportagem do Olhar Direto, com todas as vogais e consoantes, que a sigla republicana capenga e, de fato, nunca existiu na realidade e foi fruto de um acaso perverso do destino político

Administrativamente, de um núcleo duro formado pela brilhante tríade Luiz Antonio Pagot, atual diretor geral do Dnit - Departamento Nacional de Infraestrutura; Cloves Vettorato, já falecido (em 2008); e de Waldir Teis, guindado para o Tribunal de Contas (TCE), pessoas experimentadas e tarimbadas, mas sobretudo leais. A gestão atual é formada por neófitos em se falando de gestão administrativa, seja pública ou privada.

Muitos desses neófitos administrativos, para o bem geral da nação e felicidade dos mato-grossenses de bem, deram certo e devem sair do governo de cabeça erguida e com senso de dever cumprido, com elevada estima e com alto grau de respeitabilidade.

Já outros serão tangidos para portas laterais e traseiras da gestão pública em meio a denúnias de corrupção, tráfico de influência, defesa de interesses de grupelhos econômicos, fraudes em licitação etc, além de carimbados pela prepotência, arrogância, soberba e incompetência. Infelizmente, algo ainda "comum" em governos terminativos.

Apesar de evidenciarmos os mesmos equívocos do passado, não elencar aqui os acertos governamentais seria incorrer num erro de análise histórico, mesmo desprezando as conjunturas e circunstâncias que levaram a esses acertos, ou seja, os projetos que deram certo, como o arrojado plano de pavimentação de rodovias, o excelente trabalho na área social e o excelente projeto habitacional. E outro alento: receber bombons como trouféu ou invés de uma moto serra de ouro.

E também seria um erro não revelar as fragilidades e vulnerabilidades nos setores essenciais para a população: segurança pública, saúde e educação. Os erros a acertos devem fazer parte do debate político deste ano e, mais uma vez, o povo nutrirá esperanças de quebras reais de paradigmas e de coerência entre o discurso de campanha e a prática.

Novamente aliás, a população tem que cobrar novos avanços, além dos já conquistados na gestão Blairo Maggi, revolucionária em alguns aspectos e conservadora em outros.

Mais do ninguém o eleitor deve cobrar os compromissos de campanha e anotar em uma caderneta para lembrar os candidatos vencedores depois. A ética e a honradez devem estar na pauta das discussões e dos debates dos candidatos a governador e a senador e das minoritárias.

Mais do que nunca é preciso que os jovens eleitores se engajem nas discussões e deixem de lado a apatia e a alienação política. Os universitários precisam, na campanha eleitoral, deixar de lado o academicismo e também entrar, de um modo ou de outro, nos debates no sentido de garantir a amarração de novos compromissos.



Mais informações em instantes/Concluída às 11h59
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