Londres realizará em abril o primeiro leilão dedicado à arte contemporânea das quatro potências emergentes que integram o grupo conhecido como BRIC, anunciou nesta quarta-feira a casa Phillips de Pury and Company, que espera obter até 20 milhões de dólares com as vendas.
Entre as obras mais importantes estão "Entrance - No Entrance" (1974-75) do russo Erik Bulatov (avaliada de 350 mil a 450 mil libras), "Idol Thief" (2006) do indiano Subodh Gupta (de 320 mil a 380 mil libras), "Amnesia and Memory" (2006) do chinês Zhang Xiaogang e um "Bicho" da brasileira Lygia Clark (de 180 mil a 220 mil libras).
Às obras brasileiras acrescentam-se também uma obra sem título de Helio Oiticica (de 60 mil a 80 mil libras) e "Mauria, Esmeraldo, Pomela, Nacimento, Valdelios e Amildala" (2008) dos grafiteiros Os Gêmeos.
Em tornde 450 obras representativas da "extrema vitalidade da cena artística" de Brasil, Rússia, Índia e China serão oferecidas ao melhor preço neste leilão previsto para ocorrer em 22 e 23 de abril na Saatchi Gallery de Chelsea, que além de arte contemporânea incluirá fotografias e desenhos.
Os organizadores avaliam que o conjunto das obras devam valer de 9 milhões a 13 milhões de libras (de 10 milhões a 14 milhões de euros ou de 14 milhões a 20 milhões de dólares).
"O leilão das obras dos BRIC refletirá o interesse crescente suscitado pela arte contemporânea brasileira, russa, indiana e chinesa, um interesse que segue de acordo com a importância crescente desses países na economia mundial", afirmou Phillips de Pury em um comunicado.
O leilão será acompanhado de uma série de eventos destinados a divulgar melhor a cultura dos países do BRIC, termo cunhado no início da década por especialistas do banco Goldman Sachs para designar as quatro principais economias emergentes.