Olhar Direto

Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Política BR

Câmara do DF irá adotar Constituição na sucessão de Arruda, diz Cabo Patrício

Nós já tínhamos um parecer da Procuradoria da Câmara, que prevê, independentemente da aprovação de uma proposta de emenda a lei orgânica, que nós vamos seguir a Constituição Federal. Foi dito pelo presidente do tribunal que isso é importante para se adequar o processo à legislação eleitoral e à federal"

A Câmara Legislativa do Distrito Federal irá adotar as regras da Constituição Federal no processo de escolha do novo governador, deflagrado com a cassação do mandato do então governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), por infidelidade partidária. Haverá eleição indireta pelo Legislativo para o cargo distrital no prazo de 30 dias.

Na tarde desta sexta-feira (19), durante reunião com o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), desembargador João de Assis Mariosi, integrantes da Mesa Diretora do Legislativo apresentaram parecer elaborado pela assessoria da Casa no qual a possibilidade de adoção da Constituição é referendada.

“Nós já tínhamos um parecer da Procuradoria da Câmara, que prevê, independentemente da aprovação de uma proposta de emenda a lei orgânica, que nós vamos seguir a Constituição Federal. Foi dito pelo presidente do tribunal que isso é importante para se adequar o processo à legislação eleitoral e à federal”, afirmou presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT).

Diferenças

O parecer foi elaborado pela Câmara, porque a Lei Orgânica do DF prevê regra diferente da Constituição nos casos de vacância do cargo de governador. Enquanto a Constituição prevê eleição indireta pelo Legislativo distrital no prazo de 30 dias, a legislação distrital ordena a posse definitiva do presidente do Legislativo, em dez dias. O processo é necessário porque o então vice-governador, Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM), renunciou ao cargo no dia 23 de fevereiro.

A cassação de Arruda foi confirmada nesta quinta-feira (18) pela publicação da decisão do julgamento (acórdão) e a Câmara foi notificada da decisão pelo TRE-DF. Com a opção por seguir a Constituição Federal, os deputados distritais terão os próximos 30 dias, a contar desta quinta, para organizar o processo. “Todos os tramites nós iremos publicar no diário da Câmara”, afirmo Cabo Patrício.

A publicação da decisão do julgamento também abriu prazo de três dias para que a defesa de Arruda recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo o efeito suspensivo do julgamento no tribunal regional. Os advogados de Arruda vão solicitar ao tribunal que o governador cassado seja reconduzido ao cargo até que o mérito do processo seja analisado. Se o relator do caso no TSE concordar em devolver o cargo a Arruda, todo o processo de escolha será paralisado até que a Justiça Eleitoral adote a decisão final.

Integrante da bancada de oposição na Câmara distrital, o deputado Paulo Tadeu (PT) também participou do encontro no TRE-DF e deixou a reunião pregando a escolha de um candidato ao governo que seja de fora do Legislativo.

Candidato

Tadeu argumentou que a presença de parlamentares envolvidos no suposto mensalão do DEM de Brasília poderia contaminar a lisura do processo. “Para tirarmos Brasília dessa crise seria melhor que o próximo governador não fosse da Câmara, porque a Câmara está sob suspeição. Uma grande parte dos deputados são favoráveis a essa tese”, afirmou Tadeu.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet