A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à Presidência, afirmou nesta segunda-feira que o déficit habitacional do país não será resolvido apenas pelo mercado imobiliário.

"O programa Minha Casa, Minha Vida acaba com uma ficção que existia em nosso país, e acredito que existe em muitos outros, que o mercado poderia dar conta da construção de habitação da população de baixa renda", disse.

Segundo a ministra, a população que tem renda de até três salários mínimos por mês representa 90% do déficit habitacional.

A ministra participou no Rio de Janeiro da abertura da 5ª Sessão do Fórum Urbano Mundial - O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido. O evento, segundo a Prefeitura do Rio, reúne 15 mil participantes de 160 países.

Dilma prometeu ampliar a meta do programa habitacional de um para dois milhões de casas até 2012. "Pretendemos inclusive reproduzir esse programa e deixá-lo pronto para a execução para o próximo governo, ampliando essa meta para dois milhões de moradias", afirmou a ministra.

Segundo a ministra, em quatro anos o governo investiu US$ 114 bilhões em urbanização de favelas, saneamento e construção de casas.

Dilma discursou depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nesta segunda-feira voltou a defender os pobres e a criticar a mídia e seus antecessores na política. "A coisa mais barata e a coisa mais simples que um governo tem que fazer é cuidar da parte mais pobre da população."

A relação de Lula com a imprensa desde que chegou ao poder nunca foi amistosa. Ele costuma dizer que não lê jornais e chegou a afirmar que o "papel da imprensa não é o de fiscalizar, e sim de informar".