Servidores municipais de Sinop estão fazendo manifesto em frente à prefeitura, que marca o início da greve geral no município, decidida em assembléia geral. Em um carro de som, servidores usam o microfone e externam suas reivindicações ao prefeito Juarez Costa (PMDB), que até as 11h não havia se manifestado oficialmente.
Os trabalhadores cobram pauta de reivindicações com 11 itens, entre eles aumento salarial de 15%, melhores condições de trabalho, compra de material de segurança, material de consumo, entre outras. A prefeitura argumenta que não pode atender ao pedido de 15% e sinaliza com 4.11% correspondente à inflação do período.
O presidente do sindicato, Adriano Perotti, disse ao
Olhar Direto que a partir de hoje só estão trabalhando três caminhões de lixo de manha e à tarde (normalmente são oito em cada período). "Nos postos de saúde só estão atendendo um médico e um enfermeiro cada unidade, sendo que os técnicos de enfermagem e os atendentes estão parados. Na educação, 70 % das escolas e 95% das creches já estão paradas hoje."
Ontem, o juiz da Sexta Vara Cível de Sinop, Mário Machado, indeferiu, no começo da noite, pedido de liminar da prefeitura que pretendia impedir a greve dos servidores. O Poder Executivo pedia ainda, na medida cautelar inominada, que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais fosse multado em R$ 20 mil por dia de greve.
Porém, o magistrado não acatou o pedido e negou a liminar, afirmando que é direito constitucional da classe trabalhadora buscar, por meio de paralisação, melhores condições de trabalho e remuneração.
Sinop tem cerca de 3.2 mil servidores de carreira e a folha salarial gira em torno de R$ 6 milhões.