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julgamento caso Kaytto

"Medicina não explica minha mente, não explico minha vida", diz Edson

25 Mar 2010 - 12:56

Reportagem Local - Julia Munhoz/ Da Redação - Sabrina Gahyva

Terminou há pouco o depoimento de Edson Alves Delfino, 31, acusado violentar e assassinar Kaytto Guilherme do Nascimento, 10. O réu insistiu em dizer que sofre de problemas mentais e que não premeditou o crime, como defende o Ministério Público do Estado. 


“Se nem a medicina consegue explicar a minha mente e diz que eu sou são, nem eu sei explicar minha vida”, disparou em resposta a um questionamento feito pela promotoria.  

Conforme já havia dito antes, o servente de pedreiro afirmou que matou Kaytto porque o garoto havia "ameaçado" a contar para os pais o abuso sexual que Edson havia cometido.

Ele disse que não consegue se lembrar de detalhes do fato, mas narrou que pegou Kaytto no ponto de ônibus e o levou para um matagal próximo ao fórum para abusar dele. Segundo Edson, Kaytto não reclamou nem chorou durante a violência.

Durante depoimento o assassino confirmou que deu uma "gravata" na criança que em seguida desmaiou. Depois, com a cueca da criança e um pedaço de pau, Edson fabricou um "torniquete" com o qual enforcou Kaytto.

Edson contou ainda que fora abusado três vezes quando criança.

Neste momento, começa o debate entre promotoria e defensoria,

Matéria atualizada às 15h / Mais informações em instantes

Pai de Kaytto pede que pedófilo fique preso para não cometer novo crime

Cinco pessoas já prestaram depoimento no julgamento do servente de pedreiro Edson Alves Delfino, 31, assassino confesso do garoto Kaytto Guilherme do Nascimento Pinto, 10 anos. O júri está composto por cinco mulheres e dois homens.

Emocionado, o pai do menino, Jorgemar Luiz Silva Pinto, chorou muito durante seu testemunho. Questionado pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público se defendia a condenação ou acusação de loucura a Edson, respondeu que nada trará seu filho de volta e que a decisão cabe aos jurados. Depois, Jorgemar fez um alerta aos jurados, dizendo que se o assassino não for mantido preso cometerá outro crime novamente.

Outra depoente foi Gislaine Xavier Ferreira. A menina presenciou o encontro entre Edson e Kaytto no ponto de ônibus do bairro Paiaguás. Gislaine também esperava por uma condução quando Edson parou sua moto e deu carona ao menino.

Ela narrou que Edson parou a moto em frente ao ponto e Kaytto perguntou para onde ele estava indo. Edson teria respondido que “ao escritório” do pai do menino. Foi então que o garoto subiu na motocicleta, dando início aos dias de sumiço. Gislaine disse ainda que Edson a olhava insistentemente, o que a teria deixado constrangida no momento e que só dias após assistir a matéria sobre o crime na televisão lembrou que havia presenciado o encontro de Edson e Kaytto.

Os dois peritos que também depuseram, Zanguizor Rodrigues e Jonas Valença, afirmaram que durante todo o depoimento de Edson, o réu permaneceu “frio” e manteve clara concatenação na elaboração de respostas, o que segundo eles não aparentava estado de loucura. Também deu testemunho na manhã desta quinta-feira, o chefe do setor de desaparecidos da Delegacia de Homicídios, Gardel Ferreira.

A promotoria tenta provar que Edson premeditou o fato. Para comprovar a tese, alegam que ele saiu do bairro Verdão (Cuiabá) para ir ao bairro Ouro Fino (Várzea Grande) percurso que não inclui o bairro Paiaguás, localidade onde o encontro entre o réu e a vítima ocorreu.

O Ministério Público pede condenação máxima ao réu, o que pode chegar a 43 anos de prisão. A Defensoria Pública defende que Edson seja internado em manicômio judicial por tempo indeterminado. Neste momento, o réu, Edson Alves Delfino, que responde pelos crimes de atentado violento ao pudor, homicídio qualificado e ocultação de cadáver depõe.
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