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Sábado, 18 de maio de 2024

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Antes de ser notificado, Paulo Octávio vai à PF e fica calado em depoimento

O ex-vice-governador do Distrito Federal Paulo Octávio (sem partido) se antecipou à notificação da Polícia Federal e se apresentou espontaneamente nesta quinta-feira para dar explicações sobre o suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina que devastou o GDF (Governo do Distrito Federal).


Paulo Octávio chegou acompanhado de um advogado e se reservou ao direito de ficar calado. Ele se apresentou ao delegado Alfredo Junqueira responsável pelas investigações.

Sem apoio para governar e ameaçado de expulsão pelo DEM, o ex-vice-governador renunciou ao cargo após assumir o comando do Distrito Federal por 14 dias após a prisão do governador cassado José Roberto Arruda (sem partido).

Segundo Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção, Paulo Octávio seria beneficiário do esquema de propina e teria recebido 30% das propinas recolhidas para aprovar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF.

Durval afirmou ao Ministério Público que entregou a Paulo Octávio pelo menos R$ 200 mil em uma das suítes do Hotel Kubitscheck Plaza, que pertence ao grupo do vice-governador.

De acordo com o delator, o dinheiro corresponderia à propina cobrada em razão de contratos de prestação de serviço no setor de informática envolvendo a empresa TBA.

Depoimentos

Ontem, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Fernando Gonçalves acolheu o pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para acelerar os depoimentos do inquérito que investiga o esquema de corrupção no Distrito Federal.

Entre as solicitações feitas pelo Ministério Público Federal estão os depoimentos imediatos de Arruda e do ex-secretário de Comunicações Weeligton Moraes.

Arruda e o ex-secretário foram presos por determinação do STJ após tentativa de subornar uma das testemunhas do esquema de propina. A Polícia Federal informou que deve marcar ainda nesta quinta-feira as oitivas.

Gurgel também pediu um novo depoimento, em três dias, de Durval e das pessoas que foram filmadas por ele negociando ou recebendo dinheiro de suposta propina.

Essa será a primeira vez que Arruda vai depor sobre o esquema de propina que devastou seu governo e seu futuro político. Na carta que escreveu na segunda-feira, comunicando que não recorria contra a cassação de seu mandato, determinada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por desfiliação partidária, o ex-democrata reclamou de ainda não ter sido ouvido.

Com o avanço das investigações, Gurgel disse ontem que Arruda poderá ser solto já no início de abril. "Assim que sejam concluídas as oitivas, o Ministério Público não se oporá que ele seja posto em liberdade", afirmou ele ao sair de um encontro no STF (Supremo Tribunal Federal).

"O Ministério Público não tem interesse nenhum em mantê-lo preso. Se ele não tivesse feito a imensa tolice de corromper uma testemunha, jamais teríamos pedido a prisão dele", disse.

Nos pedidos, Gurgel ainda pede pressa nas perícias e novas diligências. Ao todo, o inquérito envolve 108 pessoas e 41 empresas.
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