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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Reclamações sobre SiSU são mercadológicas, afirma vice-reitor

O vice-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Francisco Souto, alega que questionamento sobre Sistema de Seleção Unificada (SiSU) feitos por várias instituições privadas, como cursinhos e escolas secundaristas, são por questões mercadológicas e não por motivos educacionais.


“Eles não tiveram um bom resultado, é isso. Eu vejo aqueles que tiveram (bom resultado) fazendo propaganda e falando bem do SiSU.”, respondeu Francisco Souto, quando questionado do porque de as instituições privadas de ensino criticarem o novo método de seleção. “Lembrando que é minha opinião, não a da universidade”, frisou.

De acordo com o vice-reitor, é melhor para os cursinho e escolas de Cuiabá que as vagas sejam disputadas por um nicho menor de pessoas. Com o antigo sistema, o vestibular da UFMT era realizado apenas nos campi da universidade (cinco no total) e Várzea Grande. Já o Enem foi realizado em mais de 60 cidades em Mato Grosso, facilitando o acesso ao aluno.

Segundo o vice-reitor, esse é, possivelmente, o motivo da diminuição de aprovados em Cuiabá e a manutenção do percentual de mato-grossenses dentro da faculdade: há mais pessoas do interior matriculadas. “Sem considerar a etapa de matriculas que terminou terça-feira (23), 76% dos matriculados são de Mato Grosso”, garantiu Francisco. Em seguida ele afirmou que a média dos anos anteriores era muito parecida.

Sim, falhas existem

Apesar de defender o Sistema de Seleção Unificada listando uma série de vantagens como mobilidade, redução de custos e ampliação da acessibilidade, o vice-reitor da UFMT admitiu a existência de falhas no SiSU e que melhorias são necessárias.

Entre os fatores pontuados pelo reitor está o fato dos ‘treineros’ terem ocupado vagas de verdadeiros vestibulandos. “Eles poderiam ter um código especial, uma senha diferente que só mostrasse a ele o desempenho, se passaria ou não”, sugere Souto.

Outro fator que, segundo o vice-reitor, poderia melhorar é quanto à migração aleatória de cursos, a qual levou alunos a se inscrevem em cursos para os quais não possuem vocação apenas para assegurar uma vaga. Para evitar essas alterações radicais ele sugeriu a criação de ‘grandes áreas’. “Por exemplo, um aluno que se inscreveu em Ciências Biológicas só poderia alterar sua opção para um curso nessa área”, explicou.

Além disso, ele também afirma ser necessário que mais universidades adotem o SiSU. No entanto, ele já ressalta o fato de a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estar estudando essa alternativa, assim como a do Distrito Federal. “O Ministério da Educação também está tentando conversar com as universidades estaduais”.

SiSU em 2010?

Francisco Souto reiterou o já anunciado pela reitora Maria Lucia Cavalli Neder, que o Conselho de Extensão e Pesquisa (Consepe), órgão deliberativo Máximo da UFMT, está aguardando o fim das matrículas para iniciar um processo de avaliação do SiSU. Dessa forma, haverá informações concretas para se discutir o sistema. Só então a universidade assumirá uma posição quanto processo seletivo.

Entretanto, ele já adianta: “Pode até acontecer (abandonar o SiSU), mas não consigo enxergar isso. Eu, como professor e membro do Consepe, não me arrependo de termos aderido ao SiSU”, afirmou o vice-reitor.
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