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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Política BR

PT e PSDB disputam apoio de partidos nanicos para aumentar tempo de TV

Os chamados partidos "nanicos", com pequena representação política no Congresso, se tornaram alvo de disputa das grandes legendas nas eleições presidenciais de outubro. Nos bastidores, PT e PSDB deflagraram uma corrida em busca de apoio dos "nanicos" com o objetivo de aumentar o tempo de exposição de seus candidatos no horário político no rádio e TV --além de futuras alianças para um governo de coalizão.


Legendas como o PHS, PSC, PTC e PT do B vem sendo procuradas por caciques tucanos e petistas em busca de aliança. Pela legislação eleitoral, o tempo de rádio e TV conta a partir da coligação de cada candidato. Se os "nanicos" atenderem ao chamado da aliança, passam a integrar as coligações e, automaticamente, cedem o tempo da propaganda eleitoral para o candidato.

O PSC, por exemplo, vai ter 36 segundos na propaganda política à Presidência da República. O tempo, somado com o do PHS (22 segundos) e com o do PTC (24 segundos), permite que o candidato do PSDB ou PT tenha mais de um minuto extra na sua propaganda eleitoral.

Segundo a Justiça Eleitoral, a distribuição do tempo reservado à propaganda eleitoral é feita entre os partidos que tenham representação na Câmara dos Deputados. Aqueles que possuem maiores cadeiras na Casa têm maior tempo de rádio e TV.

Maior bancada na Câmara, o PMDB deve formalizar aliança com o PT nas eleições presidenciais. O partido, sozinho, tem mais de três minutos na propaganda eleitoral. Somado com o tempo do PT, o candidato garante mais de cinco minutos em rede nacional diariamente --uma exposição estrategicamente calculada pelas legendas que disputam o Palácio do Planalto.

Pelo seu tamanho, o PMDB é tradicionalmente o partido mais cobiçado na disputa eleitoral pelo seu peso nas urnas e na propaganda eleitoral. Apesar da cúpula da legenda dar a aliança com o PT como certa nas eleições de outubro, parte da legenda defende a candidatura própria à Presidência da República. Um terceiro grupo de peemedebistas é favorável à aliança com o PSDB, que vai lançar a pré-candidatura do governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto no início de abril.

Barganha

Em troca das alianças, os partidos têm como regra pedir contrapartidas às legendas cabeças de chapa, especialmente no que diz respeito a cargos no governo eleito. Nos bastidores, os cobiçados "nanicos" vem negociando cargos e espaço futuro no Executivo numa espécie de "moeda de troca" das alianças.

Aliado do governo Lula, o PMDB comanda seis ministérios. Para garantir tamanho espaço no governo, os peemedebistas abriram mão de lançar candidato ao Palácio do Planalto nas três últimas eleições --já que, antes de aderir ao governo Lula, o partido era aliado do PSDB em nível nacional.

Outras legendas aliadas do governo, como o PC do B, ocupa o Ministério dos Esportes desde o início do governo Lula. O PP, o PSB e o PDT também comandam uma pasta cada num --numa demonstração de que os acordos pré-eleitorais são compensados depois da vitória nas urnas com a divisão de espaço no primeiro escalão.
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