O prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), formalizou, esta tarde, proposta de aumento real para 1.3 mil servidores municipais, o que representa 41% da classe trabalhadora no funcionalismo público, que hoje tem pouco mais de 3.2 mil servidores concursados. Garis, zeladoras, trabalhadores braçais, merendeiras, vigias, entre outros que ganham salários base, teriam reajuste maior do que os 4.11 % linear que será concedido a todos os servidores.

Quanto mais baixo o salário, maior seria o aumento porcentual. Os 4.11% correspondentes à inflação seriam concedidos em 1° de maio e, o restante, em setembro. A proposta será votada pelos servidores em assembléia geral na próxima segunda-feira, que será feita na parte da manhã, na frente da prefeitura mesmo.

O presidente do sindicato, Adriano Perotti, disse, ao Olhar Direto, que caso haja divisão dos grevistas por causa da proposta, será estudado a possibilidade de desmembrar o movimento. “Nosso departamento jurídico vai analisar até segunda-feira sobre a possibilidade de aquelas categorias que aceitarem essa proposta voltarem ao trabalho e, os demais, continuarem parados”.

No momento em que o presidente explanava a proposta no microfone, foi possível constatar descontentamento de professores, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros trabalhadores que não serão atendidos com aumento real, caso a proposta seja aceita pela maioria dos servidores.

Com relação ao restante da pauta de reivindicações, como implantação do plano de cargos, carreiras e salários, equipamentos de segurança para trabalhadores das secretarias de Obras e da Cidade, aquisição de material de expediente para todas as secretarias, entre outras, Adriano informou que nada ficou definido. “O prefeito não apresentou datas para implantação dos outros itens da pauta e apenas disse que está estudando a possibilidade, de acordo com os recursos financeiros da prefeitura”, finalizou o presidente.

A greve já está refletindo nos serviços essenciais. De manhã, mães não conseguiram atendimento médico em alguns postos de saúde. Os caminhões de lixo não passaram em determinados bairros conforme a escala de sexta-feira, pois só três caminhões estão na rua e normalmente são oito. Das escolas municipais, 80% aderiram à paralisação e, nas creches, 95%.


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