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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Economia

Demanda interna atinge maior nível desde agravamento da crise, diz FGV

O nível de demanda interna atingiu neste mês o patamar mais alto desde agosto de 2008, mostrando a evolução da expectativa dos empresários com a recuperação da economia, de acordo com a pesquisa sobre a confiança da indústria divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira.


O indicador (124,3) mostra que 28,6% dos empresários ouvidos no levantamento consideram a demanda forte, o maior percentual registrado desde setembro de 2008. Naquela época, no entanto, uma grande parcela dos entrevistados considerava o nível fraco (11,6%), percentual que é de apenas 4,3% neste mês.

"A avaliação da demanda externa se descolou muito da interna", comenta Aloísio Campelo, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV. Na avaliação do mercado externo, apenas 4,8% dos empresários consideram a demanda forte e 16,6%, fraca.

Esse é um dos itens que compõem o indicador que mensura o grau de satisfação com a situação atual dos negócios, que, após seis meses, voltou a superar o indicador de expectativas para os próximos meses. "Não dá para dizer se é bom ou ruim. É uma mudança de quadro natural do ciclo econômico", diz.

Os dois formam o ICI (Índice de Confiança da Indústria), que, após a décima quarta alta consecutiva, atingiu em março o segundo maior nível da série histórica, iniciada em abril de 1995, atrás apenas de novembro de 2007 (116,9 pontos).

De acordo com a pesquisa, 45,1% dos empresários consideram que a produção prevista para março, abril e maio será 45,1% maior do que nos três meses anteriores e 7,9% avaliam que será menor. Já para o emprego, 30,6% esperam ampliação do quadro e 5,4%, queda.

O nível de estoques atual, na avaliação de Campelo, não é motivo de preocupação. Para 4,7% dos empresários entrevistados, o patamar atual é insuficiente e, para 5,3%, excessivo.

"Não há descompasso. É um quadro virtuoso. As condições estão criadas para um ciclo de crescimento de três a cinco anos, mantidos os fundamentos econômicos", analisa o coordenador da FGV considerando todos os indicadores.
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