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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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AGRONEGÓCIO

Importação de "glifosato chinês" será tema de reunião da Camex

Mministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Miguel Jorge

Mministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Miguel Jorge

Deputados da Comissão de Agricultura da Câmara Federal fizeram nesta quarta-feira um apelo ao ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Miguel Jorge, para que o governo não ceda às pressões da multinacional Monsanto para aumentar a taxa antidumping para a importação do fertilizante glifosato oriundo da China.


A quebra de braço se arrasta por anos. De um lado, estão os parlamentares que representam os interesses do setor rural e defendem a redução dos custos de produção. Engrossam esta trincheira os fabricantes de pequeno que se beneficiaram com a quebra da patente deste insumo, o que permitiu o crescimento da produção nacional e a queda no custo de produção.

De outro da trincheira está a Monsanto, que quer eliminar a concorrência nacional e já tem um produto novo para substituir o glifosato, o que colocaria o pequeno produtor em desvantagem. No meio deste tiroteio, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), que reúne sete ministros. Na mais recente reunião da Camex, em fevereiro, aguardava-se um desfecho para o tema, mas ele foi adiado para o próximo encontro, que será realizado na terça-feira, dia 6 de abril.

Os deputados querem a extinção da taxa antidumping, que atualmente está em 2,1%. A maior alegação deste grupo é a de que os preços estão altos demais para os agricultores e que isso acabará chegando ao consumidor. "É importante mostrar aos ministros que o fim dessa alíquota não só diminuirá os custos de produção das lavouras como também ajudará no controle da inflação", argumentou Heinze. Já os produtores do herbicida no Brasil defendem a fixação de um valor de referência próximo de US$ 4,60 por kg/l importado.

A Monsanto é hoje a única produtora da matéria-prima para o herbicida no Brasil, ainda que 18 empresas comercializem o produto final. Segundo a Monsanto, a concorrência definhou justamente em função da entrada do produto chinês no mercado doméstico. A empresa já ameaça deixar a produção do herbicida no Brasil para importar dos Estados Unidos.
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