O novo presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados do Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli, afirmou durante o discurso de posse, na noite de segunda-feira (5), que irá procurar todas as autoridades necessárias para denunciar os sonegadores de imposto, visando a moralização de reabilitação da imagem do setor.
"Vamos procurar o Ministério Público Federal e Estadual, a Polícia Federal, estadual e quem mais for necessário. Já fomos até à Receita Federal para denunciar aqueles que há necessidade", asseverou o presidente sindicalista.
As ações de impacto remetem ao primeiro mandato exercido por Aldo à frente do Sindipetróleo, de 1990 a 2002. O período foi marcado por denúncias de cartel e prisões por sonegação fiscal. "Foi como cortar carne da própria carne, mas foi preciso", relembrou o recém-empossado.
"Em 44 anos de posto eu nunca fui e nem serei bandido. Tenho vergonha de ser chamado de bandido. Não vou deixar que nos chamem, que chamem a nossa classe de bandidos", bradou Aldo, sob aplausos dos vários donos de postos e representantes das distribuidoras de petróleo presentes no evento.
Em entrevista à imprensa, Aldo frisou que a gestão antecessora pecou em demorar a defender a classe dos revendedores de petróleo. Segundo ele, não só criou-se uma imagem de 'bandido' sobre o setor, como também é tratado dessa forma.
"Existem algumas leis no Brasil que não existem para nenhuma outro comércio. Por exemplo, só nós, em todo Brasil, precisamos expor o preço do nosso produto em placas na rua", citou o sindicalista. "E quando o preço está ajustado para cima é cartel, mas quando está para baixo não é nada. É preciso desmistificar isso", completou.
Bandeira de transparência e combatividade
Combatividade e transparência são algumas palavras que podem resumir o discurso de Aldo Locatelli na posse oficial como presidente do Sindipetróleo para o período de 2010 a 2014. Na solenidade para a posse oficial dele e de toda a nova diretoria, o empresário pregou o 'jogo limpo' entre revendedores e consumidores, além de uma forte representação perante o Estado.
"Quem conhece minha fama de combativo sabe que não sou de levar desaforo para casa", afirmou o novo presidente, enquanto era assistido pelo governador Silval Barbosa (PMDB), com quem Aldo tenta negociar para reduzir os impostos cobrados pelo Estado.
Incisivo, o presidente sindicalista aproveitou a oportunidade e pediu a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre o petróleo - 17% - para o mesmo preço do cobrado em estados visinhos - 12%. Como resposta ganhou a abertura de uma mesa de negociação com o governador.
A relação de transparência para com o consumidor fica evidente na campanha publicitária encabeçada pelo sindicato, a qual exibe a divisão de lucros entre distribuidoras, revendedoras e Estado, sendo este o último o detentor da maior parcela.
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