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Domingo, 28 de julho de 2024

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João Doria Jr. afasta comparações com Justus em programa

Destemido, João Doria Jr. sempre teve essa postura como empresário. Agora, ele mostra esse perfil na TV, a partir de quinta-feira (15), à frente de O Aprendiz Universitário, antes comandado por Roberto Justus. O novo apresentador não teme comparações: diz que o antecessor lhe deu dicas valiosas, mas que vai imprimir seu próprio estilo.


'O Aprendiz' teve seis edições comandadas por Roberto Justus. É difícil apresentar um programa que ficou marcado por outra pessoa? Como vai fazer para deixá-lo com a sua cara?

Não vejo isso como um problema e não temo comparativos. A TV tem ciclos e isso acontece também nas empresas. Sai um presidente e entra outro, que não vai desvalorizar o que foi feito por seu antecessor, mas vai acrescentar. O programa teve seis edições com uma boa apresentação do Roberto. Agora, a gente vem para introduzir outras novidades nessa nova edição.

Você acompanhava o reality quando Roberto Justus era o apresentador? Ele chegou a te dar dicas?
Não podia acompanhar com frequência, mas via de vez em quando O Aprendiz. Nós somos amigos, nossa relação é muito boa e ele fez observações interessantes sobre o programa, que foram bastante construtivas.

Por causa de 'O Aprendiz', Justus ficou com fama de durão e era temido por muitos. Qual é o seu estilo?
Não é a fama do líder temido. É do respeitado. Isso não é uma crítica ao Roberto, cada um tem seu jeito. Mas comigo não combina autoridade, temor. Acredito na liderança compartilhada.

Você já apresentava o programa de entrevistas 'Show Business'. O que o atraiu para comandar um reality?
A grande motivação foi o conteúdo e o conceito. Além de entretenimento, tem conhecimento. E falar com jovens universitários resgata algo que me dava enorme prazer. Fui professor da FAAP, em São Paulo, por dois anos e meio. Tive que parar por falta de tempo para preparar aulas e provas, mas adorava.

Você já é muito reconhecido na área empresarial, mas a TV traz uma visibilidade diferente e 'O Aprendiz' tem uma audiência relevante. Está preparado para ser popular?
Realmente, penso que muita coisa vai mudar. Mas me preparo para a popularidade com humildade e generosidade. Certamente, saberei administrar essa outra dimensão que o programa deve trazer. Vou continuar sendo o que sempre fui. Não preciso mudar meu comportamento por causa da visibilidade do programa.

Em seu contrato existe alguma chance de você enveredar para outros tipos de programa, como os de puro entretenimento? Isso aconteceu com o Justus.
Eu não tenho esse interesse, mas não quero descartar essa possibilidade. Roberto tinha esse objetivo e cada vez foi se afastando mais de seus negócios em nome da TV. Eu tenho noção das responsabilidades que tenho com os meus negócios e não posso deixá-los. Vou precisar ter cautela para não deixar que a vaidade me leve a achar que posso fazer mais coisas do que realmente posso.

Esta edição já é considerada um sucesso publicitário, com faturamento 10% maior do que a última. Você tem participação direta na negociação com os anunciantes?
Sim. Muitos empresários fazem parte do meu dia a dia em meus projetos paralelos e tenho que ajudar e apoiar a Record. Já são quatro cotas nacionais fechadas: Fiat, Vivo, Nestlé e Santander, por R$ 29,7 milhões cada.

O programa tem uma frase clássica: "Você está demitido". Hoje você é um empresário bem-sucedido, mas já ouviu isso de alguém algum dia?
Não ouvi. Mas estaria preparado para ouvir. Faz parte. Às vezes, quando você não consegue conquistar ou vender um projeto, você foi demitido de alguma forma. Todo líder tem que estar preparado para a negativa e não se sentir injustiçado por isso. É preciso tirar lição da história.

Você vai selecionar um futuro funcionário para sua empresa. Qual é a principal qualidade de um grande profissional hoje?
Saber trabalhar em equipe, ter foco, disciplina, acreditar no seu projeto, ser ético, educar pelo exemplo, ter prazer em fazer bem feito. E o mais importante é ter humildade, ou compromete tudo isso que disse anteriormente.

E qual o maior pecado?
Não cumprir todos os requisitos acima citados. Quando uma pessoa adota a prática da arrogância, por mais capaz que ela seja, anula todas as suas qualidades. Sinto uma emoção extraordinária de poder levar aos jovens um programa que mostra que nada substitui a educação para formar um grande profissional e um grande cidadão.

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